João Azevedo anuncia esforços para auxiliar paraibanos que estão na Ucrânia
A partir de uma determinação do governador da Paraíba João Azevêdo (PSB), iniciou-se um levantamento, com base nas informações do Itamaraty, para buscar paraibanos que estejam morando ou visitando a Ucrânia. A intenção é, a partir desse levantamento, ajudá-los a sair da zona de conflito. O Itamaraty ainda não confirmou o número de paraibanos em solo ucraniano.
João Azevedo compartilhou, nas redes sociais, informações sobre a ação do Governo do Estado, que será através da Secretaria Estadual de Representação Institucional da Paraíba (SERI-PB). A pasta se colocou à disposição para auxiliar na repatriação dos paraibanos que estão na Ucrânia.
A secretaria, que tem escritório de representação em Brasília, está à disposição de todos por meio do WhatsApp +55 61 991368348. Desde o início da pandemia, já foram repatriadas mais de 500 pessoas, entre estudantes, professores e profissionais das mais diversas áreas.
— João Azevêdo (@joaoazevedolins) February 25, 2022
Aproveitamos para manifestar nossa solidariedade ao povo ucraniano nesse momento e repudiar que, nos dias de hoje, força bélica seja usada para resolver um conflito, independente da sua natureza.
— João Azevêdo (@joaoazevedolins) February 25, 2022
De acordo com o secretário executivo da SERI-PB, Adauto Fernandes, todos os paraibanos que se encontram na Ucrânia devem entrar em contato através do WhatsApp: +55 (61) 991368348, para que o Governo do Estado possa auxiliar nos trâmites de repatriação, no consulado europeu, e monitorar a situação dos paraibanos.
“Estaremos dialogando com o Itamaraty para que possamos ajudar no retorno desses paraibanos à sua terra natal. O mundo vive mais um momento atípico, mas não podemos deixar de trabalhar pelos que estão precisando voltar à Paraíba. Nossa secretaria, que tem sede aqui em Brasília, já está se mobilizando para que nenhum paraibano seja atingido com essas bombas”, declarou Adauto Fernandes.
A SERI-PB vem atuando trazendo paraibanos que estão pelo mundo de volta à Paraíba desde o início da pandemia. Até o momento, mais de 500 paraibanos foram repatriados. Os paraibanos podem, ainda, entrar em contato com a embaixada na Ucrânia através do telefone +380 50 384 5484. No país, o Itamaraty mantém um canal no aplicativo de mensagens Telegram para monitorar os brasileiros.
Em entrevista coletiva, Leonardo Gorgulho, secretário de Comunicação do Itamaraty, informou que não há condições de retirar brasileiros do território ucraniano neste momento, já que o espaço aéreo para o país está fechado. Gorgulho informou que mais de 160 brasileiros já procuraram o Itamaraty para cadastro de suas situações no país, pedindo para sair. Além disso, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que existem cerca de 500 brasileiros na Ucrânia. O Itamaraty pede que os brasileiros que desejem deixar o país, principalmente os que moram no Leste ucraniano, se desloquem por meios próprios para locais que estão fora de cidades sob ataque, permanecendo em casa. A recomendação é que o deslocamento seja para as capitais da Polônia, Belarus e a própria Rússia
“É possível que boa parte desses 500 já tenha saído, atendendo, inclusive, aos vários alertas que a embaixada vem emitindo há semanas. E é possível, também, que parte desses 160 cadastrados já tenham saído, por meios próprios. No momento o foco é registrá-los e, quando for necessário, contactá-los. No momento o espaço aéreo está fechado e isso [enviar avião] não é uma hipótese viável”, declarou Leonardo Gorgulho.
No começo da tarde desta quinta-feira (24), a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que cerca de 100 mil ucranianos estão desalojados após deixar o país. Já o governo do país confirmou 57 mortos e, pelo menos, 169 feridos neste primeiro dia de conflito, incluindo militares e civis. O conflito é considerado o maior entre países europeus desde a segunda guerra mundial e teve início com o reconhecimento, por parte de Vladimir Putin, da independência de duas províncias separatistas do leste ucraniano. O presidente russo alertou ainda que outras nações não tentem interferir nas decisões, com risco de sofrerem retaliação.