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Prefeitos da PB não têm orçamento para reajuste de professores, diz Famup

De acordo com o Ministério da Educação, a remuneração mínima da categoria deve passar para R$ 3.845,63.

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
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(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O reajuste de 33% no piso salarial de professores da educação básica pode prejudicar o orçamento das gestões públicas nos município da Paraíba. De acordo com o presidente da Famup (Federação das Associações de Municípios da Paraíba), George Coelho, o aumento anunciado pelo presidente "é uma atitude política, sem o devido estudo de impacto e com visão eleitoreira".

Para George Coelho, a valorização dos professores é uma pauta justa, mas falta incentivo aos municípios. “A famup não é contra o aumento para os professores, é mais do que merecido. Mas em contrapartida, temos que ter recurso. é preciso ter o orçamento. não adianta dar o aumento e atrasar nos próximos meses os salários”, disse ao Portal T5.

De acordo com o Ministério da Educação, a remuneração mínima da categoria deve passar para R$ 3.845,63. O valor antes do reajuste era de R$ 2.886,24. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) diz que o reajuste terá impacto de R$ 30 bilhões para as cidades brasileiras.

Segundo o representante das associações dos municípios paraibanos, a solução para o aumento sem interferir na saúde financeira das cidades é o aumento de repasses do governo federal.

"O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) tem investimentos que precisam ser feitos não só com folha de pagamento e encargos sociais, mas em outras áreas também. Sem reajuste de repasse, muitos prefeitos vão ultrapassar o limite de 54% da lei de responsabilidade fiscal sobre a folha de pagamento e pode reprovação das contas no TCE", disse George Coelho.

Na rede estadual, o governador João Azevêdo (Cidadania) implantou na última semana o reajuste previsto do piso nacional do magistério de 31,3%. O gestor sinalizou chegar aos 33% de aumento. Ele havia dito aos dirigentes das entidades da categoria que elevaria o índice caso sofresse alteração nacional.

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