Abaixo de 30%, vacinação de adolescentes preocupa autoridades de Saúde na PB
Retorno de aulas presenciais exige o comprovante de imunização em escolas do estado.
Secretários da Educação e da Saúde da Paraíba definiram o retorno das aulas em instituições públicas de forma híbrida, com 50% das atividades presenciais. Mesmo com a exigência da comprovação da vacina para as matrículas nas escolas, ainda é baixo o índice de imunização entre adolescentes de 12 a 17 anos.
Em entrevista à rádio Jovem Pan João Pessoa, nesta segunda-feira (31), o secretário executivo da Saúde, Daniel Beltrammi, disse que o número de vacinados está abaixo do esperado. "Preocupa a cobertura vacinal dos adolescentes, que não chega a 30%, com esquema de duas doses. É um número muito ruim!", avaliou. Ouça a entrevista completa
A vacinação das crianças também tem preocupado autoridades sanitárias no estado. De acordo com o médico, a imunização entre maiores de 5 anos tem cobertura entre 1 e 3% na Paraíba.
+ João Pessoa vacina crianças a partir dos 5 anos contra a Covid-19; veja locais
Passaporte da vacina nas escolas
Na última semana, as secretarias do Estado e municipais de Educação receberam uma recomendação para a cobrança do comprovante de vacina contra a Covid-19. O documento foi emitido pelos Ministérios Públicos Federal, da Paraíba e do Trabalho e sugere a apresentação do comprovante dos alunos já contemplados pela agenda de vacinação do Ministério Saúde, diante da disponibilidade de doses e desde que não haja contraindicação médica em laudo devidamente fundamentado.
A orientação é que a falta da vacina contra a Covid-19 impossibilite a participação presencial do estudante nas atividades escolares, devendo ser assegurado o acesso ao ensino remoto, nesses casos. A medida conjunta destacou que nenhum aluno será privado do acesso à educação, mas que apenas os vacinados frequentem atividades presenciais.
Por outro lado
O Ministério Público de Contas da Paraíba (MPC) editou uma recomendação para as Secretarias Estadual e Municipais de Educação, com o objetivo de garantir a presença de todos os menores em sala de aula, sem exclusão em razão da situação vacinal da criança ou adolescente.
Segundo o MPC-PB, apesar da ideia inicial que a vacina reduziria a transmissão do covid, as evidências científicas é que a vacina não reduz a transmissibilidade, principalmente com a variante ômicron. Assim, não se justifica o tratamento diferenciado, que pode prejudicar esses menores.
Alerta aos responsáveis
Os três ramos do Ministério Público destacam a segurança da vacina infantil contra a Covid-19, que foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e lembra que os imunizantes estão sendo recomendados por órgãos e entidades renomados como as sociedades brasileira de Pediatria e Imunologia.
Também fazem um alerta aos pais e responsáveis sobre a obrigatoriedade e importância da vacinação nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, assim como sobre as consequências legais para quem negligencia as recomendações de imunização das crianças.
Veja também: