Paraíba tem 108 mil pessoas que não tomaram nenhuma dose de vacina contra a Covid
Mais de 470 mil estão com a segunda atrasada.
A Paraíba tem 108.558 mil pessoas acima de 18 anos sem nenhuma dose de vacina contra a Covid-19. O índice de não-vacinados representa menos de 4% do total da população adulta no estado. De acordo com o Vacinômetro da Secretaria de Estado da Saúde (SES), 93,90% dos paraibanos receberam a primeira dose da vacina e 80,26% estão vacinados com as duas doses ou dose única.
Para conter a Covid-19, gestores públicos têm se empenhado em promover ações de conscientização da população para adesão ao imunizante. Governos e empresas têm promovido regras para desencorajar a recusa às vacinas.
Na Paraíba, o passaporte da vacina foi regulamentado nessa quarta-feira (1º) com regras da exigência do comprovante de vacinação para acesso a bares, restaurantes, casas de shows, boates, teatros, cinemas, eventos sociais, corporativos e esportivos, bem como a repartições públicas estaduais.
A nova diretriz estabelece a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19, com esquema vacinal completo, para ingressar e permanecer nos ambientes. O documento será exigido para a população que tenha a imunização disponibilizada para sua faixa etária.
+ Veja como emitir comprovante nacional de vacinação contra Covid-19
Cerca de 2,4 milhões de pessoas já completaram os esquemas vacinais no estado, mas 473.473 paraibanos perderam o prazo para o encerramento do ciclo de imunização. Sem as duas doses, os atrasados estão impedidos de frequentar estabelecimentos de lazer, entretenimento e instituições públicas.
Pessoas que tenham contraindicação formal para vacinação contra a Covid-19 devem apresentar documentação médica pertinente.
Conforme representantes do governo e da prefeitura de João Pessoa, a medida tem objetivo de conter o avanço de disseminação do vírus. Em entrevista à Jovem Pan João Pessoa, o secretário executivo de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi, reforçou a importância da vacina para impedir os efeitos da doença.
"Quem optou por não se vacinar tem que lidar com o efeito direto, que é enfrentar o vírus de frente. Não é só a questão de eventualmente precisar de uma internação ou colocar a vida em risco. Sabemos que muitos de nós tivemos moderados ou leves, só que o problema vem depois. Quantos ainda seguem sem sentir gosto ou cheiro, com dor de cabeça contínua e queda de cabelo? Chamamos isso de Covid longa, o vírus é capaz de fazer isso conosco. Penso que não vale a pena pagar essa fatura".
A imposição da vacina para acesso a alguns locais público e privados desagradou parte da oposição do governo no estado. Em outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o habeas corpus impetrado pelo deputado Cabo Gilberto Silva (PSL) que pedia a suspensão da lei que instituiu o passaporte da vacinação na Paraíba.
No pedido ao STF, o deputado afirmou que “as vacinas em uso no Brasil ainda seriam experimentais” e que é “direito do cidadão se recusar tratamento experimental”.
Recursos semelhantes têm sido rejeitados por juízes no Rio de Janeiro, Paraná e no Maranhão.
Veja mais: