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Operação Pacificado

PF investiga empresas integrantes de cartel na PB e mais 6 estados

Investigação baseia-se em um Acordo de Leniência firmado no ano de 2019 sobre coleta e destinação de resíduos.

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Foram cumpridos 15 mandados em sete estados e no DF.
Foram cumpridos 15 mandados em sete estados e no DF. (Foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em sete estados e no Distrito Federal, na manhã desta segunda-feira (13), durante a Operação Pacificado. Na Paraíba, uma ordem judicial foi autorizada na cidade de Sousa, no Sertão.

De acordo com as investigações da PF, objetivo dos mandados de busca e apreensão é apurar crimes licitatórios e contra a ordem econômica, praticados por empresas atuantes no mercado de coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos, em sua maioria, hospitalares.

A investigação baseia-se em um Acordo de Leniência firmado no ano de 2019, cujos signatários apresentaram evidências de condutas anticompetitivas.

De acordo com o que foi apurado, eram estabelecidos acordos entre concorrentes para fixação de preços, condições e vantagens em licitações públicas e privadas, divisão de mercado e de clientes por meio de Acordos de Não-Agressão, supressão de propostas e apresentação de propostas de cobertura, troca de informações comerciais e concorrencialmente sensíveis entre empresas. Na prática, essas ações visavam a favorecer licitantes e frustrar o caráter competitivo das licitações.

As empresas participantes do cartel agiam com a intenção de manter o mercado “pacificado”, evitando “guerras de preços”, de sorte que os envolvidos dividiam entre si clientes e licitações. Segundo análise realizada pelo Cade, foram afetados por essa atividade anticompetitiva, ao menos, o Distrito Federal e os Estados da Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Há, ainda, indícios de que os Estados do Rio Grande do Norte e de Santa Catarina também foram afetados.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e por outros crimes contra a ordem tributária; além de outros delitos que eventualmente forem constatados no curso da investigação.

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