Caso Geffeson Moura | Falta de testemunha joga audiência para dezembro
Crime aconteceu no dia 16 de março deste ano, no Sertão da Paraíba
Uma audiência de instrução do caso do empresário Geffeson Moura, morto a tiros na cidade de Santa Luzia, na Paraíba, foi realizada nesta quarta-feira (10). Policiais civis sergipanos são acusados de terem assassinado o empresário. Algumas testemunhas foram ouvidas, no entanto, uma delas, de defesa, considerada determinante, fez com que a continuação da audiência fosse remarcada para o dia 1 de dezembro.
No dia 19 de outubro ocorreu o início da audiência de instrução. Conforme advogado Luís Pereira, que acompanhou de forma remota, de João Pessoa, a audiência que aconteceu na comarca de Santa Luzia, cerca de vinte testemunhas foram arroladas. Ele relatou que depoimentos importantes para a apuração do caso foram mencionados.
"O julgamento está ocorrendo na modalidade virtual e essa audiência tá sendo conduzida pelo juiz da Comarca de Santa Luzia. Estamos na parte inicial da instrução, mas já foi possível ouvir tanto delegado da Polícia Civil, quanto um agente de investigação, que dizem de forma clara e induvidosa que os disparos foram feitos pelo delegado da polícia sergipana, que o carro estava parado e que não foi verificada uma reação por parte do da vítima, o advogado paraibano Geffeson Moura. Inclusive a informação de que a vítima portava uma arma foi refutada e afastada do processo", disse o advogado.
De acordo com a decisão judicial, o Ministério Público e o Assistente do Ministério Público têm 5 dias para se manifestarem acerca da manutenção ou não da prisão preventiva. Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, a defesa será intimada para se manifestar em igual período.
Na audiência marcada para dezembro, além da testemunha dita como necessária pela defesa, ainda será ouvida a direção do Hospital Estadual de Santa Luzia.
Entenda o caso
O empresário paraibano Geffeson de Moura Gomes, de 32 anos, foi morto na cidade de Santa Luzia (PB) durante uma operação da Polícia Civil do Estado de Sergipe. De acordo com o delegado Sylvio Rabelo, superintendente da Polícia Civil da Paraíba no Sertão e interior, o contato informando sobre o caso só aconteceu após o desfecho. O crime aconteceu no dia 16 de março deste ano.
O corpo do empresário foi deixado no hospital do município de Santa Luzia pelos agentes sergipanos, que foram embora em seguida.
De acordo com informações da Polícia Civil de Sergipe, a operação foi de uma equipe do Departamento de Narcóticos (Denarc) do Estado. A investigação era sobre uma organização criminosa envolvida com tráfico e roubos em Sergipe e que estava na Paraíba.