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Ministério Público investiga intoxicação e trabalho infantil em fazenda na PB

Durante a operação, foram constatadas condições precárias de trabalho e trabalhadores sem carteira assinada

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Paraiba escravidao
(Foto: PRF/Divulgação)

Trabalhadores em situação precária de trabalho, com riscos à saúde e à vida, foram alvo de uma operação realizada nesta quarta-feira (13) em uma plantação de frutas entre os municípios de Boqueirão e Cabaceiras, na Paraíba.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT-PB), várias irregularidades foram constatadas durante a operação. Entre elas, precárias condições de trabalho, botijão de gás junto a produtos inflamáveis, agrotóxicos armazenados de forma irregular e trabalhadores sem carteira assinada. Aproximadamente 20 pessoas trabalhariam no local, incluindo trabalhadores da Bahia e de Pernambuco.

Além do MPT, participaram da operação a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Superintendência Regional do Trabalho (SRT-PB), Cerest Campina Grande e Cerest Estadual e Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

A operação aconteceu depois de uma denúncia feita ao MPT em Campina Grande, informando que duas trabalhadoras jovens de uma fazenda em Boqueirão haviam passado mal trabalhando e a suspeita seria pela inalação de produtos utilizados para pulverização das lavouras. Elas precisaram receber atendimento médico.

“Foram verificadas irregularidades trabalhistas, em especial violações às normas de saúde e segurança do trabalho, mas não foi constatado trabalho degradante capaz de configurar o labor em condições análogas à escravidão, por esta razão, nenhum resgate foi feito”, afirmou a vice-procuradora-chefe do MPT-PB Marcela Asfóra, acrescentando que o MPT continuará investigando o caso.

De acordo com a PRF, as instalações onde os trabalhadores dormiam eram precárias e as condições de realização do trabalho eram inseguras. Veja as imagens:

*Esta matéria foi alterada às 19h30 para correção de informação.

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