Menino que teve caneta cravada volta para abrigo após receber alta
Criança é decorrente de um estupro praticado pelo companheiro da avó da criança, que está preso.
A criança de quatro anos que teve uma caneta cravada no pescoço pela própria mãe recebeu alta médica após atendimento no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. O garoto seguirá sob tutela do Estado e foi encaminhado ao abrigo onde o caso aconteceu, no bairro do Pedro Gondim. De acordo com a promotora da Infância e Juventude de João Pessoa, Ivete Arruda, não há condições neste momento para uma aproximação de mãe e filho, nem da mãe com familiares.
“Em razão, não deste fato, mas de fatos anteriores, remontam aquela velha história conhecida por todo mundo. O padastro a estuprou a partir dos 10 anos. A mãe sabia, e não teve nenhuma condição de protegê-la”, afirmou
Sobre o garoto, exclamou: “Não voltará à mãe nem para avô. Assistida por uma equipe multidisciplinar”. O menino seguirá acompanhado por paramédicos.
A jovem segue no centro de atendimento socioeducativo Rita Gadelha, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. A jovem segue em em internação provisória. “Representamos pela internação definitiva. Em 45 dias deve finalizar todo procedimento. Agora ela está acompanhada por médicos e será observada pela psiquiatria. Todos exames necessários foram feitos”, completou Ivete Arruda.
Histórico familiar
A menina de apenas 15 anos engravidou aos 11. Foi ano ano de 2017 que, durante uma consulta médica, descobriu-se uma gestação de cinco meses. A criança é proveniente do crime de estupro praticado pelo padastro da adolescente.
“Da mãe ela não tem ligação. Ela foi rejeitada pela mãe. A mãe imputa a ela o motivo do companheiro não estar mais com ela [a mãe], estar no Róger. Inclusive, ela não deixou de fazer as visitas, inclusive as íntimas. Isso está fora de cogitação [a reaproximação]”, exclamou.
Por fim, a promotora afirmou que enquanto a pena, haverá o cumprimento da medida socioeducativa por se tratar de um adolescente. “O objetivo da socioeducação é moldar, ensinar o adolescente a ter uma conduta diferente do que o levou à socioeducação. Não podemos tirar em momento nenhum o entendimento de que ela é vítima também. Todos os exames foram feitos pra que a gente tenha uma avaliação geral da situação do adolescente. Vou propor que a psiquiatra que a acompanhe”, finalizou.
As declarações foram concedidas à TV Cabo Branco.