PM mantém em atividade 300 policiais que recusaram vacinas contra Covid
De acordo com o Ministério Público, os resistentes ao imunizante têm argumentos religiosos, políticos e ideológicos.
Cerca de 300 agentes de Segurança Pública da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) ainda recusam o recebimento de vacinas contra a Covid-19. O Ministério Público da Paraíba interviu e solicitou informações à corporação. Os dados foram obtidos com exclusividade pelo Portal T5.
Anteriormente, a PMPB informou ao Portal T5 que os resistentes à vacina não deveriam ter contato com os policiais que estão imunizados. Diferente do que foi informado à reportagem pelo coronel Ronildo, a corporação não afastou 300 agentes de segurança que recusaram a vacina contra a Covid-19.
Correção: PM apresentou dados errados sobre afastamento de policiais não vacinados ao Portal T5. Os agentes sem imunização continuam o trabalho nas ruas e dentro da corporação. O afastamento foi estendido apenas aos servidores com idade acima dos 60 anos e com comorbidades.
Em julho, o Portal T5 investigou e divulgou informações sobre a recusa de pelo menos 485 agentes que recusaram as vacinas contra a Covid-19. O levantamento foi obtido por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
O Ministério Público teve acesso aos motivos mencionados pelos policiais para as recusas. De acordo com o promotor Guilherme Soares, os resistentes ao imunizante têm argumentos religiosos, políticos, ideológicos e receio de efeitos colaterais. Em nota, o órgão ministerial disse que continuará acompanhando o caso.
Dos 410 militares que haviam negado o imunizante, cerca de 100 servidores repensaram a decisão após a publicação da reportagem. A PMPB fez avaliações sobre cada recusa e entrou em contato com comandantes de cada batalhão e os resistentes.
A vacinação dos agentes de Segurança Pública foi iniciada no dia 8 de abril, com imunizantes distribuídos de acordo com critérios do Plano Nacional de Imunização (PNI). De acordo com a PMPB, menos de 4% da corporação não está imunizada.
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