Manifestações devem acontecer em cinco cidades da Paraíba, diz PM
Protestos marcados para o Dia da Independência são monitorados pela corporação.
Setores da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) acompanham as manifestações agendadas para esta terça-feira (7), Dia da Independência do Brasil. Protestos estão agendados para ocorrerem nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos e Cajazeiras.
No dia de protestos marcados em todo o país, haverá reforço de 1.500 policiais na Paraíba. Segundo a corporação, o foco é garantir a segurança de quem participará dos movimentos, bem como, evitar possíveis encontros de grupos contrários.
Os protestos têm finalidade de apoio ou de crítica ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O monitoramento é realizado pelas Coordenadoria de Inteligência, Corregedoria Auxiliar e todo o Estado-Maior Estratégico da instituição.
Ministério Público atento
A possibilidade de participação de integrantes das forças de segurança pública nos protestos está sob atenção do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Em nota, o órgão informou que "está atento a qualquer tentativa de ameaça à democracia".
De acordo com o MPPB, o monitoramento tem objetivo de garantir "os direitos assegurados aos agentes policiais, mas também assegurar que se mantenham dentro dos limites das funções que ocupam, que ajam dentro da legalidade e que cumpram suas obrigações, independente de preferências pessoais, políticas, ideológicas ou religiosas".
O promotor de Justiça Militar, Fernando Andrade, expediu orientação em resposta a ofício da Corregedoria da Polícia Militar, no que diz respeito à possível participação ou apoio de agentes policiais em manifestações. “As instituições militares estaduais (e seus componentes) não podem/devem servir a qualquer outro desiderato que não seja a implementação de suas tarefas legais, independentemente de preferências pessoais, políticas, ideológicas, filosóficas, religiosas ou quaisquer outras. Assim, seja qual for o comportamento adotado pelo cidadão policial e ou bombeiro militar estadual paraibano, que resvale mesmo que milimetricamente para o solo pantanoso da ilegalidade, deve ser devidamente apurado e trazido à responsabilização administrativa e/ou penal militar (dependendo, evidentemente, de sua extensão e vilipendiação aos nossos bens juridicamente tutelados)”, ressaltou o representante do Ministério Público.
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