45% de internados por Covid na Paraíba têm ausência de dados sobre vacinação
Falta de registros prejudica direcionamento de ações de imunização e vigilância.
Neste ano, mais de 14 mil pessoas foram internadas em unidades de referência da Paraíba para tratamento da Covid-19. Entre os registros desses pacientes, não existem informações sobre a imunização, com as duas doses ou a dose única, de 6.665 pessoas. Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde foi obtido com exclusividade pelo Portal T5.
Segundo especialistas, os campos vazios ou ignorados sobre a situação vacinal das ficha de notificação dos pacientes prejudicam o direcionamento de ações de imunização e vigilância.
Para regularização da escassez de dados, a Secretaria de Saúde agora cobra organização do processo de vigilância epidemiológica das direções hospitalares e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Eficácia da vacina
Conforme o documento, com dados que foram preenchidos pode ser comprovada a eficácia da imunização contra casos graves e óbitos pela doença. Entre os 14.672 internados até o dia 23 de agosto, 6.137 pacientes não haviam recebido a vacina, contra 1.870 que estavam imunizadas com pelo menos uma dose. No relatório, 6.665 fichas não tinham informações se hospitalizados foram ou não imunizados.
A vacinação contra Covid-19 foi iniciada em 19 de janeiro deste ano e mais de 2,3 milhões de paraibanos já foram contemplados com D1, ou com imunizante de dose única até a última segunda-feira (23).
Mortes
O levantamento da Secretaria de Saúde também aponta que mais da metade dos pacientes que morreram por Covid-19 não têm informações sobre imunização. Entre os 5.074 pessoas mortas em hospitais paraibanos neste ano, 1.956 não foram vacinadas e 755 morreram mesmo recebendo alguma dose do imunizante. Há falta de dados sobre vacinação em 2.363 óbitos.
Conforme o documento, para melhoria na obtenção de dados, é importante diagnosticar as faltas em cada unidade de internação, assim, "fica mais clara a forma de resolver e melhorar esses dados entre a vigilância epidemiológica municipal e os núcleos hospitalares de vigilância epidemiológica".
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