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Após recusa de 485 agentes

Vacinação poderá ser compulsória para policiais na PB, diz secretário de Segurança; assista

Ao todo, quase 500 agentes recusaram o imunizante no estado

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Secretário de Segurança Jean Nunes no Corpo de Bombeiros
Secretário de Segurança Jean Nunes no Corpo de Bombeiros (Foto: CBM/Divulgação/Arquivo)

Os 485 agentes de Segurança Pública da Paraíba que recusaram a vacina contra a Covid-19 podem ser obrigados a serem imunizados, de acordo com o secretário de Segurança Pública, o delegado Jean Nunes. O levantamento divulgado com exclusividade pelo Portal T5 revelou números de rejeições da Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros.

"É fundamental que a gente regulamente, para que possamos, de maneira compulsória, como está posto na lei, exigir a vacinação de todos", disse o secretário, em entrevista exibida na TV Cabo Branco.

À Jovem Pan João Pessoa, Jean Nunes disse que, até o sábado (10), devem ser concluídas as vacinações de primeira dose para este grupo. "Independente da motivação das recusas, precisamos diagnosticar o que aconteceu nesses casos. Para tomar medidas e regulamentar alguma norma a nível da Secretaria de Segurança", disse.

Ouça a entrevista completa: 

Decisão do STF

Durante a entrevista, o secretário Jean Nunes citou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu ao Estado poder de determinar aos cidadãos que se submetam, compulsoriamente, à vacinação contra a Covid-19, prevista na Lei 13.979/2020.

De acordo com a decisão, o Estado pode impor aos cidadãos que recusem a vacinação as medidas restritivas previstas em lei (multa, impedimento de frequentar determinados lugares, fazer matrícula em escola), mas não pode fazer a imunização à força. Também ficou definido que os estados, o Distrito Federal e os municípios têm autonomia para realizar campanhas locais de vacinação.

Obrigatoriedade dupla

O ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a compulsoriedade da realização de vacinação, de forma a assegurar a proteção à saúde coletiva, é uma obrigação dupla: o Estado tem o dever de fornecer a vacina, e o indivíduo tem de se vacinar. Para o ministro Edson Fachin, nenhuma autoridade ou poder público pode se esquivar de adotar medidas para permitir a vacinação de toda a população e assegurar o direito constitucional à saúde e a uma vida digna. “A imunidade coletiva é um bem público coletivo”, afirmou.

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