Servidores dos Correios repudiam exclusão de grupo prioritário para vacinação na Paraíba
Grupo foi incluído como prioritário pelo governo federal nessa terça-feira (6), mas Paraíba não deve acatar decisão
Bancários e os trabalhadores dos Correios foram incluídos no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19 pelo governo federal, mas a Paraíba não deve imunizar este grupo da forma planejada pelo Ministério da Saúde. Represtantes sindicais repudiaram a decisão da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
De acordo com o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, os 223 municípios paraibanos já estão contemplados na vacinação por ordem decrescente de faixa etária e os trbalhadores dessas áreas serão vacinados dessa forma.
Fábio Rocha, secretário de Saúde de João Pessoa, acredita que a inclusão desses trabalhadores é uma forma de furar a fila. "Isso é pressão de grupos econômicos, que não precisa. As pessoas maiores de 40 anos já estão sendo vacinadas. É uma violência para furar fila", disse.
Segundo o presidente do sindicato dos Correios, Tony Sérgio, a categoria acredita que "a decisão é uma arbitrariedade. Um absurdo, há um risco muito grande para nós, que entregamos encomendas vindas de todo o mundo. No mínimo, um carteiro visita 250 pessoas por dia, imagina se um trabalhador se contamina?", disse.
De acordo com o representante dos Correios, são 1.205 trabalhadores em todo estado, mas uma parte da categoria já foi imunizada por estar em outros grupos prioritários. "A estimativa é que 830 pessoas ainda precisam da vacina na Paraíba. O secretário de Saúde se coloca na mesma postura do presidente da República: um negacionista", completou.
O Sindicato dos Bancários da Paraíba não falou sobre a decisão da SES, mas disse que o estado tem cerca de 4 mil trabalhadores ativos na categoria.
Em Brasília
Em entrevista coletiva, Marcelo Queiroga relatou que há cerca de três semanas os bancários e servidores dos Correios solicitaram ao ministério que fossem incluídos no grupo prioritário para imunização e entregaram relatórios detalhados sobre o adoecimento dos profissionais. “Duas categorias muito importantes, a categoria dos bancários e a dos servidores de Correios e Telégrafos estão na linha de frente. São muito importantes”, disse.
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