"Não podemos baixar a guarda", alertam especialistas sobre flexibilizações na PB
"É um esforço que depende de todos nós e para proteger e honrar cada vida nós precisamos fazer a nossa parte", disse o Secretário executivo de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrami
Todos os dias acompanhamos as notícias sobre as flexibilizações na Paraíba. Com ocupação dos leitos em situação menos crítica, a sensação que a maioria das pessoas tem é de que pode baixar a guarda, no entanto, é preciso continuar com o cuidado. Segundo o secretário de saúde de João Pessoa, o momento ainda é preocupante e não dá para baixar a guarda.
Ele relembrou que mesmo com uma situação menos crítica, a ocupação de leitos da região metropolitana de João Pessoa só fez crescer de Janeiro até Abril, atingindo o pico de 96%. Em março, João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux registraram mais de 3 mil mortos, desde o começo da pandemia. Cabedelo também passou por dias críticos no mês passado, a questão da falta dos anestésicos e de oxigênio.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Cabedelo, 17 mil pessoas já foram vacinadas no município, isso representa quase 13% da população. Cabedelo não tem hospital referência no tratamento da covid-19, mesmo assim mantém 15 leitos para eventuais casos.
Com quase 300 mil casos confirmados, a Paraíba segue na luta contra o novo coronavírus e segundo o secretário executivo de Saúde do Estado, Daniel Beltrami, o comportamento da população será decisivo para conter novas infecções.
"A ocupação dos leitos de hospital não pode nos permitir baixar a guarda. Se nós voltarmos a circular de maneira desprotegida, sem uso de máscaras, voltando a nos aglomerar, deixando de conviver apenas com quem nós vivemos na mesma casa, com quem nós trabalhamos, com segurança, indo para aglomerações de forma desprotegido, muito rapidamente a situação de piora do quadro epidemiológico pode retornar. Então é um esforço que depende de todos nós e para proteger e honrar cada vida nós precisamos fazer a nossa parte. Sim, é uma prova de resistência, trata-se de uma maratona de proteção e não de uma corrida de velocidade e nós precisamos aprender e poder fazer a nossa parte para seguir salvando vidas", disse.
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