Está com o coração está acelerado? Saiba o que fazer
Quem aí já sentiu o coração acelerado levanta a mão!???????? Sentir o batimento do coração acelerado, de forma esporádica, é normal, mas exige atenção em algumas situações.
Emoções intensas, estresse, ansiedade, prática extenuante de atividade física, excesso de bebidas estimulantes e mudanças hormonais podem provocar o aumento do ritmo cardíaco. Sentir o batimento do coração acelerado, de forma esporádica, é normal, mas exige atenção em algumas situações.
Quando em repouso, a frequência cardíaca normal de uma pessoa varia entre 60 e 100 batimentos por minutos (bpm). Se estiver acima desses valores, o quadro é de taquicardia – termo popularmente chamado de “coração acelerado”. Já as chamadas palpitações surgem quando é possível sentir o próprio batimento do coração durante alguns segundos ou minutos. Acontecem quando o indivíduo tem a sensação de que o coração acelerou ou a impressão de que o órgão não bate na cadência normal. O fato de os batimentos cardíacos estarem fora do normal, porém, não significam que o indivíduo está com algum problema no coração.
As alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do coração, explica o cardiologista Valério Vasconcelos, são chamadas de arritmias cardíacas. Elas são de vários tipos: taquicardia, quando o coração bate rápido demais; bradicardia, quando as batidas são muito lentas, e há casos em que o coração pulsa com irregularidade, o chamado descompasso. “A arritmia cardíaca pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita”, alerta Vasconcelos.
De acordo com o médico — que é autor dos livros “Manual de Cardiologia para Graduação” e "O coração gosta de coisas boas" —, vários motivos podem levar ao aumento do número de batidas no coração, como: idade (quanto mais nova for a pessoa, mais batimentos terá por minuto); prática de atividades físicas; emoções fortes; e sustos. “Esses são alguns exemplos de coração acelerado considerados menos preocupantes, já que os batimentos tendem a voltar ao ritmo normal logo após a passagem do episódio que causou o quadro”, explica.
O cardiologista reforça que emoções intensas, incluindo estresse, ansiedade e síndrome do pânico, podem provocar o aumento do ritmo cardíaco. “Além disso, a prática física extenuante também faz o coração trabalhar mais, assim como aquela xícara de café extra. O uso excessivo de estimulantes, incluindo cafeína e nicotina, pode causar palpitações. Nas mulheres, mudanças hormonais associadas à menstruação, à gravidez ou à menopausa também podem alterar o ritmo das batidas cardíacas”.
Há situações em que a aceleração do ritmo cardíaco preocupa e exige atenção imediata. “Quando a mudança na frequência cardíaca for acompanhada de outros sintomas, tais como dor no peito ou na garganta, falta de ar, náusea, vômito, sudorese ou desmaios, pode sinalizar algo mais grave. Deve-se procurar imediatamente um médico”, orienta o médico Valério Vasconcelos.
Em relação às arritmias cardíacas, o cardiologista lembra que qualquer indivíduo está sujeito a essa condição, independentemente da faixa etária e sexo. “No entanto, a maioria das ocorrências está em pessoas que possuem doenças cardíacas, ou já sofreram parada cardíaca, e em pessoas que têm histórico de doenças na família, como pais ou irmãos”, explica.
O aspecto positivo é que arritmias podem ser prevenidas e com práticas que estão ao alcance de todos. “Para prevenir as arritmias cardíacas, assim como as demais doenças, é preciso ter hábitos saudáveis, por meio de alimentação balanceada (rica em legumes, frutas e verduras), não ingerir ou não se exceder no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos, não fumar, praticar atividades físicas, dar atenção à saúde emocional e, pelo menos uma vez por ano, consultar-se com um cardiologista para a realização de exames preventivos”, pontua Valério Vasconcelos.
Como saber se o batimento do coração está normal?
Há duas formas conhecidas para medir os batimentos cardíacos, podendo ser sentidas tanto no próprio pulso quanto no pescoço. “E é bem prático, principalmente quando não há um monitor cardíaco por perto”, afirma o cardiologista Valério Vasconcelos.
Para fazer a medição no pulso, basta colocar o dedo indicador e médio esticados sobre o pulso, logo abaixo da base do dedo polegar. Se for no pescoço, a pessoa também pode colocar o dedo indicador e médio na lateral do pescoço, próximo de uma veia carótida, pressionando levemente até sentir a pulsação. “Em ambas as situações, a pessoa deve contar até 10 segundos e multiplicar os batimentos por seis. Normalmente o valor é entre 60 e 100 bpm”, afirma o médico Valério Vasconcelos.