Paraibano Marcelo Queiroga admite possibilidade de 3ª onda de Covid no Brasil
Sem conter a disseminação da doença e com a chegada de novas cepas, país pode enfrentar nova alta de mortes
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu nessa quarta-feira (26) a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19 no Brasil. Para o titular da pasta, é possível que municípios tenham que voltar a adotar medidas de isolamento social na tentativa de evitar um novo colapso no sistema de saúde.
Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, Queiroga falou a respeito da flexibilização das medidas de combate à pandemia e comentou os últimos dados da crise sanitária no país. "Quando se flexibiliza, pode haver uma tendência de aumento de casos. Isso vai refletir sobre uma nova pressão no sistema de saúde, mas também pode ser efeito de uma variante [...] iremos trabalhar juntos para evitar essa terceira onda", pontuou.
O ministro não citou especificamente a nova cepa indiana, que já foi detectada em sete pacientes no país. Segundo o Ministério da Saúde, seis casos foram confirmados no Maranhão e um no Rio de Janeiro.
Maranhão adota novas medidas de combate à covid-19
No início da manhã, o governo do Maranhão anunciou um novo decreto, que estabelece que o estado complemente a fiscalização sanitária contra a covid-19. Atualmente, a medida é de competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao governo federal.
Com a mudança, todos os portos, navios e hotéis do Maranhão serão obrigados a notificar a Vigilância Sanitária Estadual nos casos de embarque, desembarque e hospedagem de tripulantes estrangeiros que possam, eventualmente, implicar na proliferação de novas variantes do coronavírus. A medida foi adotada após 38 indianos se hospedarem em um hotel de São Luís, na capital do estado.
"A Anvisa autorizou a presença, mas mesmo tendo autorização federal, nós imediatamente fomos ao hotel e realizamos a testagem de todos. Estamos verificando a situação de cada um", disse o governador do estado, Flávio Dino (PCdoB).
Variante indiana é mais transmissível
De acordo com o relatório divulgado nessa quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante indiana é mais transmissível. Além da cepa identificada na Índia, a OMS detectou outras quatro mutações do vírus, como a de Manaus, Reino Unido e África do Sul.
O Ministério da Saúde encomendou um estudo para avaliar se o imunizante contra a covid-19 deverá ser aplicado todos os anos, assim a vacina da gripe. "É possível que tenhamos que vacinar a população anualmente, mas a ciência não trouxe todos esses dados", completou Queiroga.
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SBT News
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