Paróquias de João Pessoa se reinventam para realizar confissão na Sexta-Feira Santa
A igreja não aconselha quem é idoso ou tem alguma doença crônica e ainda não foi vacinado entrar no agendamento e fazer a confissão pessoalmente
Pelo segundo ano consecutivo a Igreja Católica tem uma semana santa diferente, em meio a uma pandemia, e essa realidade impede muitos fieis de cumprirem uma prática comum na Sexta-Feira da Paixão, a confissão.
A prática da confissão é bastante comum no período que antecede ao domingo de Páscoa. Quando não se tinha pandemia, mutirões eram realizados para atender ao maior número de fiéis. Esses encontros começaram cedo e terminavam tarde da noite. No entanto, a Covid-19 trouxe restrições e os fieis tiveram que se reinventar.
Os atendimentos individuais não foram suspensos para todos, porém, os padres fizeram agendamentos e marcaram as confissões para locais abertos, bem ventilados e mantendo o distanciamento social.
Em João Pessoa, o agendamento foi adotado assim como em diversos lugares do mundo. "Estamos fazendo em um ambiente mais arejado, mantendo a distância, o que acaba possibilitando a confissão. O que define a boa confissão é a capacidade de escuta e isso temos conseguido fazer", disse o padre de uma das paróquias de João Pessoa que adotou o método de agendamento.
A igreja não aconselha quem é idoso ou tem alguma doença crônica e ainda não foi vacinado entrar no agendamento e fazer a confissão pessoalmente. Aqueles que não podem fazer isso, as pessoas de idade, a gente pede que, diante de Deus, faça o seu arrependimento e Deus na sua infinita bondade vai perdoar porque com toda certeza sabe o que estamos vivendo", completou.
Desde que as celebrações com a presença de pessoas foram proibidas por causa da pandemia os fiéis se acostumaram acompanhá-las pela internet. Os padres também tiveram que se habituar.
"A igreja era muita muita distante da tecnologia, sobretudo da internet, do Instagram, e ela se tornou uma companheira e um mecanismo incrivelmente necessário, de tal forma que, com a covid, nós passamos a olhar e a contemporizar os meios comunicação com mais seriedade"
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