Governo quer pagar novo auxilio emergencial ainda em março
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o maior valor da parcela do Auxílio Emergencial será de R$ 375. A parcela mínima do benefício será de R$ 175. Ainda segundo ele, o valor médio será de R$ 250. O pagamento, segundo o Governo Federal, vai depender da composição familiar.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, espera conseguir retomar o pagamento do auxílio emergencial ainda neste mês de março. Para isso, a ordem da articulação do governo é não permitir mudanças no texto aprovado pelo Senado e aprovar a matéria ainda nesta semana para conseguir
A necessidade de uma nova rodada de pagamento do auxílio emergencial é praticamente consenso no Congresso. Mas, o conteúdo do texto da PEC Emergencial, que permitirá a aprovação do benefício, tem algumas resistências na Câmara. No Palácio do Planalto, auxiliares do presidente falam em um placar de pelo menos 320 votos.
Ontem (8), o presidente Jair Bolsonaro admitiu que tem recebido pressão da bancada da segurança pública para retirar alguns artigos e disse que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), poderia discutir com líderes a criação da uma PEC paralela para incluir os pontos que fossem suprimidos do texto aprovado por senadores.
Apesar disso, a equipe econômica reforça que é fundamental que, além da permissão para o pagamento do auxílio, as contrapartidas fiscais existentes na PEC sejam mantidas.
Maior valor do Auxílio Emergencial será de R$ 375, diz Paulo Guedes
Em entrevista no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (8), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o maior valor da parcela do Auxílio Emergencial será de R$ 375. A parcela mínima do benefício será de R$ 175. Ainda segundo ele, o valor médio será de R$ 250. O pagamento, segundo o Governo Federal, vai depender da composição familiar.
"Esse é um valor médio [R$ 250], porque, se for uma família monoparental, dirigida por uma mulher, aí já é R$ 375. Se tiver um homem sozinho, já é R$ 175. Se for o casal, os dois, ai já são R$ 250. Isso é o Ministério da Cidadania, nós só fornecemos os parâmetros básicos, mas a decisão da amplitude é com o Ministério da Cidadania", explicou Paulo Guedes.
Na semana passada o Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial que torna possível o pagamento de novas parcelas do Auxílio Emergencial. O texto ainda vai passar pela Câmara dos Deputados. A expectativa é de que a PEC Emergencial seja aprovada na próxima quarta-fera (10), se houver acordo.
Ainda segundo o ministro, para "reduzir a pobreza e a miséria no Brasil" é preciso "botar o dinheiro onde está o mais pobre e não nos intermediários".
"Se nós quisermos reduzir a pobreza e a miséria no Brasil, você tem que dar o dinheiro direto para os mais desfavorecidos, para os mais pobres que é o que a gente fez, que é a filosofia lá atrás do bolsa escola, bolsa família. Agora, o auxílio emergencial acabou seguindo também uma linha semelhante que é botar o dinheiro onde está o mais pobre e não nos intermediários", afirmou.