Pesquisadores da UFPB desenvolvem churros com farinha do bagaço de malte
A novidade substitui parcialmente a farinha de trigo no preparo
O churros é uma das delícias que podem ser consideradas vilãs da saúde. Mas vocês já pensou em comer churros com menos glúten e maior teor de fibras? Esse foi o resultado de uma pesquisa elaborada na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A farinha de trigo, matéria-prima do churros, foi substituida parcialmente pela farinha do bagaço de malte.
Os pesquisadores que elaboraram a massa, tiveram o intuito de agregar valor comercial e nutricional ao produto, com redução de glúten e elevação do teor de fibras, além do aproveitamento de um resíduo agroindustrial de cervejarias – o bagaço do malte – na forma de farinha.
O estudo foi realizado no Campus III da UFPB, em Bananeiras, sob a orientação da Professora Cybele Oliveira, do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial, do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA).
De acordo com os pesqusadores, o potencial nutricional dessa nova farinha é promissor para a indústria de alimentos. O teor de farinha do bagaço de malte no churros pode variar de 10 a 30%, em substituição ao mesmo teor de farinha de trigo no produto.
“Essa farinha do bagaço de malte possui um elevado teor de fibras, um considerável teor proteico, um reduzido teor lipídico, além de não possuir glúten. Então, após verificar a qualidade microbiológica da farinha, nós elaboramos o produto, o churros, com a substituição parcial da farinha de trigo, em até 30%, pela farinha do bagaço de malte”, explicou Cybele Oliveira.
Modo de preparo
Para a elaboração do produto, os ingredientes - farinha do bagaço de malte, farinha de trigo, água, manteiga, açúcar e sal - devem ser misturados e submetidos ao cozimento até o ponto ideal da massa, seguido de resfriamento e posterior moldagem no formato apropriado de churros, submetendo o alimento a fritura a 115°C por 2 minutos para consumo imediato, podendo também ser acondicionado sob congelamento para posterior fritura e consumo.
“É um produto de preço acessível, de fácil acesso, de rápido preparo, de rápido consumo, além de ter um apelo ambiental, pelo reaproveitamento de resíduos”, disse a professora.
Também são responsáveis pelo invento os pesquisadores Mariana de Oliveira Silva, Kristerson Reinaldo de Luna Freire, Francisco Lucas Chaves Almeida, Roberta Neves da Paixão, Raiza Virgínia Chagas Dantas e Armistrong Martins da Silva.