João Pessoa: sepultamentos em Março superam dois meses anteriores juntos

Durante uma pandemia, muito se fala em colapso no sistema de Saúde, no entanto, a alta demanda de pacientes internados e novos casos não afeta apenas serviços do segmento. Quando há um grande número de internações em UTIs ao mesmo tempo, há uma tendência do aumento no número de óbitos, o que pode provocar um colapso no sistema funerário. É o que está acontecendo nos cemitérios público da capital paraibana.

Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa (Sedurb), em Janeiro 80 sepultamentos aconteceram em cemitérios públicos da capital. Em Fevereiro foram 88 enterros. Nos primeiros 23 dias de Março o númeor de sepultamentos já chegou a 213. De acordo com o secretário da Sedurb, Fábio Carneiro, a atual gestão municipal recebeu os cemitérios em situação crítica. Com isso, houve a necessidade de criar planos emergenciais para atender a alta demanda.

"Nós realizamos o plano de contingência porque sabíamos que a pandemia poderia aumentar a demanda. A gente tem que estar preparado para essa situação, então achamos por bem acelerar as exumações. De acordo com a lei municipal, os túmulos que são de vagas rotativas têm um prazo de dois ano para que a exumação seja realizada pela família. Caso isso não ocorra, a partir do terceiro ano, independendo de uma autorização da família, a gente já pode fazer a exumação", disse.

O secretário disse ainda que outra medida emergencial são vagas disponibilizadas em cemitérios privados. Ele deu o exemplo do Cemitério Jardim Mangabeira, para onde já foram enviadas demandas de cemitérios públicos da cidade.

Leia também:

+ Justiça manda prender policiais de Sergipe suspeitos de envolvimento na morte de paraibano

+ João Pessoa continua vacinando idosos com 64 anos ou mais nesta quarta (24)

+ Na Paraíba, mulher de 116 anos se emociona ao receber vacina contra a Covid-19

+ Preço do ovo de Páscoa tem variação de mais de 60% em João Pessoa