Suspeita de matar companheira com 96 facadas também já teria matado amante e ex
Ela teria matado outros dois companheiros no estado do Rio Grande do Norte
A Polícia Civil da Paraíba deu mais um passo na investigação do caso da mulher suspeita de matar a própria companheira com 96 facadas no dia 20 de março, no bairro de Gramame, em João Pessoa. Em entrevista exclusiva ao Programa O Povo na TV, da TV Tambaú, a delegada do caso, Vanderleia Gadi, deu mais detalhes sobre o histórico da suspeita, que é acusada de cometer outros dois homicídios.
Segundo informações da delegada, após a prisão em flagrante da suspeita, na segunda-feira (22), a Polícia da Paraíba manteve contato com a Polícia do Rio Grande do norte, estado de origem dela. Descobriu-se assim que a mulher já possuia um mandado de prisão em aberto por um homicídio que ela havia cometido em 2011.
Esse crime, de acordo com a Polícia, teria acontecido "em razão de um desentendimento entre a suspeita e um homem casado", com quem ela mantinha um caso amoroso. Para cometer o homicídio, a mulher teria tido o apoio de um amante. Os dois doparam o homem, colocaram-o na mala do próprio carro e dirigiram em direção a um outro município e atearam fogo no veículo, matando assim o homem carbonizado.
Três anos depois, em 2014, a mesma mulher matou - ao que tudo indica, segundo a Polícia - por envenamento o companheiro que a ajudou a praticar o homicídio em 2011. De acordo com informações da família da vítima à Polícia, os dois tinham um "convivência bastante conturbada" e ela já teria tentado envenená-lo, "inclusive colocando veneno na comida dele", afirmou a delegada.
Em entrevista, a delegada disse que a suspeita "tinha caso com os dois homens ao mesmo tempo".
No local do crime que aconteceu no último dia 20, a Polícia disse que encontrou dez frascos de carrapaticida e uma seringa com agulha e uma substância parecida com o veneno pronta para uso, em cima da cama do casal.
A motivação do crime ainda não foi descoberta, mas segundo a suspeita, ela teria agido em legítima defesa. A investigação continua.