BMW teve sistemas adulterados para aumentar potência, revela perícia
O motorista da BMW teve a prisão preventiva decretada ontem (25)
Policiais civis realizaram perícia na BMW que se envolveu em um acidente no último domingo (24) que terminou com a morte do músico “Dainha Batera”. O caso aconteceu no bairro de Manaíra, em João Pessoa.
O motorista da BMW teve a prisão preventiva decretada ontem (25). Ele teria fugido de uma blitz e, de acordo com a Polícia, estava dirigindo de maneira perigosa pelas ruas do bairro. A colisão foi em um cruzamento. Com a batida, o condutor que estava no carro do tipo Classic morreu no local.
Ainda segundo o delegado, "unindo informações de várias outras fugas, inclusive de blitz da Polícia Militar, e também pela atitude dele [motorista da BMW] - que assumiu o risco [de causar o acidente] e foi indiferente ao resultado, eu entendi e vou autuá-lo em flagrante pelo crime de homicício doloso", afirmou o delegado Carlos Othon no dia do acidente.
Robson Félix, perito de engenharia, responsável por analisar o carro, revelou ao Portal T5 que encontrou "uma série de modificações nos sistemas do veículo, cujo objetivo era o aumento de potência. Essas alterações foram constatados em diversos equipamentos do veículo. Havia alterações de turbina, ela não era original. havia uma injeção reprogramável, mais uma unidade de injeção eletrônica auxiliar, com seis bicos a mais; um galão de metanol com sistema de bomba injetora no porta-malas, que injetava metanol no sistema, tudo com finalidade de aumentar a potência. O metanol hoje não é um combustível regulamentado. É um solvente totalmente proibido. A potência de fábrica era de 200 cavalos e podemos afirmar, com o nível de alteração, a potência estava entre 500 e 600 cavalos", explicou.
E seguiu: "Esse veículo, conforme as alterações encontradas, é caracterizado como veículo de competição. Jamais poderia estar trafegando em via pública", revelou.
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