Funcionários do Hotel Tambaú denunciam péssimas condições de trabalho e conservação do local
Segundo informações de funcionários, que não recebem salário há meses, no local não possui água encanada e energia
A imprensa paraibana foi convocada pelo supervisor de segurança patrimonial do Hotel Tambaú para uma coletiva nesta terça-feira (22) sobre as péssimas condições de trabalho e sobre o estado de abandono do local.
De acordo com informações de Flávio Lucena, supervisor de segurança patrimonial do hotel, que trabalha há 18 anos no local, as péssimas condições de trabalho e conservação já se estendem há muito tempo. “Estamos em uma situação muito difícil aqui. Há três meses que não recebemos salário. Estamos trabalhando numa situação insalubre e escravocrata”, disse.
Flávio conta que a água suja das piscinas está sendo usada para o consumo e para as necessidades dos trabalhadores do Hotel. “ A gente ferve a água e bebe”, afirma. Ainda segundo ele, no Hotel também não tem energia há meses. “Uma situação precária”, disse.
Além das péssimas condições de trabalho, os funcionários não recebem salário há meses. Segundo Marcello Macedo, administrador judicial do Hotel Tambaú, já existem dois mandados, cada um referente a um mês, para o pagamento dos salários atrasados no Banco do Brasil. “Infelizmente eles não têm culpa da forma de procedimento interno, mas é uma falência. É muito difícil que em uma falência você consiga ultrapassar esses trâmites burocráticos naturais”, afirmou Marcello.
De acordo com Marcello Macedo, o Hotel Tambaú será alienado (vendido) em um processo de leilão em fevereiro de 2021. O valor mínino para arrematação será de R$ 40 milhões.
Ainda segundo ele, os pagamentos atrasados serão realizados nas próximas semanas.
