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aponta estudo

Mais de 40% das paraibanas que cuidam de crianças com microcefalia se sentem sobrecarregadas

Conforme o estudo, excesso de responsabilidades compromete a saúde das cuidadoras

Por Redação T5 Publicado em
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Foto: Arquivo/Dennison Vasconcelos/Portal T5

Cerca de 43% das cuidadoras de crianças com diagnóstico de microcefalia na Paraíba apresentam sobrecarga moderada ou severa, afirma o estudo de uma tese defendida pelo fisioterapeuta Newton Pereira, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Atualmente, no estado há 1.208 casos suspeitos de crianças com esta condição, estima o Ministério da Saúde.

+ Conheça a rotina de uma mãe com filho diagnosticado com microcefalia, em João Pessoa

Estudo analisou 106 mulheres que frequentam os serviços de saúde de João Pessoa e de Campina Grande, no Agreste paraibano, além de 13 municípios integrantes do projeto Caravana do Coração, a exemplo das cidades de Monteiro, Princesa Isabel, Itaporanga e Cajazeiras. As participantes são, em sua maioria, agricultoras ou donas de casa.

A pesquisa buscou conhecer o nível de esforço relacionado ao cuidado de crianças nessa condição, questão que engloba diversas dimensões que comprometem a saúde de quem oferta o cuidado.

“As consequências relacionadas a esta sobrecarga podem se manifestar através de alterações emocionais demonstradas por sentimentos de angústia, frustração, tensão, ou de acometimentos físicos e de instabilidade financeira, refletindo em uma mudança do contexto familiar que deve ser considerada pelos órgãos governamentais”, observa o autor do estudo.

A partir do registro da percepção dessas cuidadoras, Newton Pereira explica que foi elaborado um modelo de suporte à decisão para avaliar esse nível de sobrecarga em cuidadores de crianças com microcefalia, contribuindo, assim, para o enfrentamento do problema na Paraíba.

“Existe um problema de saúde pública caracterizado por um cenário de cuidadoras de crianças com deficiências múltiplas que sentem sobrecarga relacionada ao cuidado. Reconhecer este cenário e elaborar ferramentas para auxiliar os gestores e profissionais da saúde é fundamental para resolução deste tipo de problema, através da elaboração de políticas públicas para esta população”, destaca o fisioterapeuta.

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