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Paraíba realizou 56 abortos legais em vítimas de estupro em três anos

Rede pública disponibiliza serviços de acolhimento para crianças vítimas de abuso sexual

Por Redação T5 Publicado em
Estupro menina

Nos últimos três anos, a Paraíba realizou 56 abortos legais em vítimas de estupro, sendo seis deles em crianças com menos de 15 anos. O Estado conta com uma rede para o acolhimento de pessoas que sofreram algum tipo de abuso, ou violência sexual. Os serviços englobam desde os primeiros socorros e tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) até o acompanhamento psicológico para os pacientes.

Abuso sexual é toda ação cometida por um adulto que usa o corpo de uma criança ou adolescente para satisfação sexual. Pode acontecer tanto com meninas quanto com meninos, envolvendo ou não contato físico e/ou violência física. Na rede estadual, a porta de entrada para assistência a estes casos são os hospitais e maternidades que funcionam por demanda espontânea, ou por encaminhamento das UBS.

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Ao todo, a Paraíba concentra 15 unidades para o acolhimento de vítimas da violência sexual, distribuídas em nove municípios. 14 delas são voltadas para o atendimento de mulheres e uma para homens e crianças do sexo masculino, que funciona no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. A atenção nestes casos, além dos primeiros socorros, envolve o tratamento das ISTs, coleta de vestígios e interrupção da gravidez, em unidades especializadas, que é garantida por Lei em casos de estupro.

A coordenadora da Saúde da População Negra da Secretaria de Estado da Saúde, Adélia Gomes, ressalta que não é incomum os menores de 18 anos buscarem por ajuda para lidar com casos de abuso e que tanto a escola quanto os agentes de saúde possuem um papel preponderante na assistência destas crianças.

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“Muitas vezes o ambiente escolar é o primeiro onde a criança busca por ajuda e a instituição notifica a UBS mais próxima para que seja iniciada a assistência da criança e a continuidade dos tratamentos psicossociais”, explica. Em João Pessoa, o serviço de referência na rede estadual é o de Atendimento a Vítimas de Violências e Acidentes, no Complexo de Pediatria Arlinda Marques, que integra as especialidades de pediatria, ginecologia, assistência social e psicologia.

Ainda segundo a coordenadora, a exposição das crianças ao abusador é fator ainda mais preocupante durante a pandemia. “A maioria dos casos envolve pessoas íntimas da vítima, um parente ou um amigo da família, e com o isolamento social as crianças tendem a estarem mais próximas ao abusador, ou mesmo em isolamento com eles”, relata.

Para denunciar casos de abusos ou suspeita de violência sexual infantil, a população pode ligar para a Emergência Polícia Militar – 190; Denúncia Polícia Civil no Disque 197 ou para o Serviço de Denúncia Estadual - 123.

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