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afogamento em piscina

Médica acredita que criança ficou mais de 5 minutos submersa: "Agravou bastante o quadro"

A assessoria de imprensa do hospital de trauma informou que um protocolo de morte cerebral foi aberto para atestar a morte dessa criança de 2 anos

Por Redação T5 Publicado em
Afogamento cabo branco 01

Na última sexta-feira (25) uma criança caiu em uma piscina, no bairro Altiplano, em João Pessoa, e foi socorrida para o hospital de trauma. A situação dela era bem grave e neste domingo (27) a equipe médica abriu um protocolo para morte cerebral. Existia a previsão de novos exames fossem realizados nesta segunda-feira (28) pela manhã.

A assessoria de imprensa do hospital de trauma informou que um protocolo de morte cerebral foi aberto para atestar a morte dessa criança de 2 anos e que só depois do fim desse protocolo, que deve levar em aproximadamente 48 horas, é que a morte pode ou não ser mesmo confirmada.

Os exames previstos para a manhã desta segunda já teriam sido feitos para cumprir com esse protocolo mas, segundo a assessoria, os pais da criança proibiram que o hospital repassasse informações a imprensa. A doutora Clarissa Rios, médica integrante da equipe de resgate que participou no momento que tudo aconteceu falou que a situação gera bastante crítica.

"Principalmente por não saber quanto tempo essa criança tinha passado debaixo d'água. Quando nós chegamos a gente, já pela situação que a gente encontrou a paciente, a gente já imaginava que a submersão dela tinha sido de um tempo grande. A gente sabe que situações acima de 2 minutos de falta de oxigenação já podem levar a lesões graves cerebrais e talvez a gente não conseguiria fazer as manobras de reanimação. Tendo sucesso, a gente percebeu que realmente não se sabia quanto tempo ela estava submersa na piscina. Isso com certeza agravou bastante o quadro dela. Deve ter ficado mais de 5 minutos submersa na água e a gente tem sucesso nesse tipo de reanimação quando o paciente fica pouco tempo submerso. Então abaixo de 5 minutos a chance é grande a gente conseguir uma reanimação. As crianças tem um cérebro muito 'plástico' então são realmente vítimas que a gente nunca deixa de investir, porque a gente sabe que elas tem capacidade de se regenerar né, então a gente esperava isso na verdade. Nós continuamos o atendimento principalmente porque ela foi socorrida no local primeiro por um vizinho que era médico também. Então quando as viaturas as motolâncias chegaram a criança já estava sendo socorrida por esse colega e isso também contribuiu para ela ter uma chance dela conseguir sair dessa situação", disse.

Essa criança foi levada para o hospital de trauma desacordada com a pulsação muito baixa depois que chegou foi recebida por uma outra equipe médica. Levou mais de meia hora para ser reanimada, a expectativa era muito grande desde o começo.

A família agora aguarda o cumprimento desse protocolo de morte cerebral que deve acontecer nas próximas 48 horas.



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