Prefeito paraibano flagrado com dinheiro na cueca paga fiança de R$ 522 mil
João Bosco foi preso no dia 21 de dezembro do ano passado no âmbito da Operação Pés de Barro
Após o pagamento da fiança de R$ 522 mil, o prefeito afastado do município de Uiraúna, na Paraíba, João Bosco Fernandes (PSDB), aguarda a saída da prisão. A decisão pela soltura do político foi definida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, na última semana.
Na decisão, o ministro Celso de Mello decretou que a Câmara Municipal seja notificada sobre o "afastamento cautelar de João Bosco Nonato Fernandes do mandado de prefeito municipal e da proibição de seu ingresso tanto nas sedes da Prefeitura e de suas respectivas secretarias, quanto em todos os locais em que se exerça qualquer atividade administrativa relacionado ao município de Uiraúna, seja no âmbito da administração pública direta, seja na esfera da administração pública indireta."
João Bosco foi preso no dia 21 de dezembro do ano passado no âmbito da Operação Pés de Barro responsável por investigar supostos pagamentos de propina decorrentes do superfaturamento das obras de construção da Adutora Capivara. O gestor está preso na Penitenciária Média de Mangabeira, em João Pessoa.
As obras contratadas, inicialmente, pelo montante de R$ 24.807.032,95 já teriam permitido, de acordo com as investigações, a distribuição de propinas no valor R$ 1.266.050,67.
Dinheiro na cueca
Conforme as investigações da Polícia Federal, João Bosco levou na cueca R$ 25 mil que seriam de um repasse do esquema de corrupção. A cena foi gravada pelo delator George Ramalho Barbosa, proprietário da empresa Coenco Construções Empreendimentos e Comércio, e ocorreu em um hotel da cidade de Sousa.
Esta foi uma das 12 entregadas de propina monitoradas pela Polícia Federal durante as investigações. O dinheiro era do suposto desvio de recursos na construção de uma adutora em Uiraúna
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