'Reconhecimento equivocado’ pode ter proporcionado troca de corpos no Trauma de CG; entenda
Uma das vítimas chegou a ser enterrada por outra família em Ingá, também na região.
Uma troca de corpos foi identificada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, após um dos óbitos ser liberado e enterrado por outra família na cidade de Ingá, localizada na mesma região. O caso teria sido identificado no último dia 23.
A troca pode ter acontecido após o reconhecimento realizado pela filha daquele que seria a primeira vítima. Contudo, só foi percebida quando um parente do corpo que havia sido enterrado chegar na unidade para realizar o reconhecimento de uma segunda vítima atribuída à sua família.
Segundo Rodrigo Celino, advogado da unidade hospitalar, o caso ocorreu em virtude de uma confusão da primeira família que, segundo ele, autorizou a liberação do corpo errado.
“A uma da manhã do dia 21, uma família aparece no hospital pra fazer a identificação e liberação. No primeiro momento em que foi apresentado o corpo, uma filha reconheceu como sendo seu pai e nossa equipe de liberação de corpos procedeu com todo protocolo que a gente tem. O corpo foi liberado e a família seguiu para fazer o enterro na cidade de Ingá”, adiantou.
“Quando a parentes do segundo corpo aparecem no local pra fazer a liberação, foi identificado então que a outra família havia levado o óbito de forma errada. O reconhecimento teria sido feito de forma equivocada. O Hospital de Trauma, no primeiro momento, tentou mediar as duas famílias pra que elas entrassem em um entendimento. Mas, quando a família [que levou o corpo errado] entendeu que era responsabilidade dela trazer o óbito [de Ingá para Campina Grande], comunicando as autoridades competentes, eles se negaram, apesar de reconhecer que o tinha sido feito o reconhecimento equivocado”, completou.
A defesa ainda lamentou o ocorrido e disse que – em função da Covid-19 – a liberação de corpo passa por um processo ainda mais criterioso no Trauma.
A primeira Vara de Justiça de Queimada decidiu, por meio de liminar, que o estado tem até cinco dias para fazer o processo de troca dos corpos mediante repetição do reconhecimento.Após isso, os corpos devem ser enterrados corretamente.
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