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Equipamento em 3D é desenvolvido para tratamento de pacientes com Covid-19 na UFPB

O aparelho começará a ser distribuído a partir do mês de julho.

Por Redação T5 Publicado em
Mundo 200926 122231
Testes foram realizados na Escola Técnica de Saúde, no campus I, em João Pessoa. Aparelho também permite exame das vias aéreas por computador ou smartphone Testes foram realizados na Escola Técnica de Saúde, no campus I, em João Pessoa. Aparelho também permite exame das vias aéreas por computador ou smartphone Foto: Inova-UFPB/Reprodução/Autor Desconhecido

Uma série de laringoscópios, equipamento utilizado em exames na laringe, com suporte 3D serão produzidos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para auxiliar profissionais de saúde no atendimento aos pacientes com Covid-19.

O aparelho começará a ser distribuído a partir do mês de julho.

No procedimento de intubação endotraqueal, ele possui a função de facilitar a introdução do tubo orotraqueal, que é usado para estimular a ventilação de pacientes em estado grave com a infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). “Esses tipos de equipamentos, muitas vezes, faltam nos hospitais. São caros e difíceis de serem disponibilizados. Tivemos o desafio de encontrar um modelo apropriado. Verificamos os modelos disponíveis atualmente, uns cinco ou seis tipos diferentes. A partir de análises, desenvolveremos nossa série”, conta o professor Luciano Farias, do Departamento de Química da UFPB.

O projeto tem ainda o suporte da Agência de Inovação Tecnológica (Inova) da UFPB e da Escola Técnica de Saúde da instituição. No aparelho, há uma câmera boroscópica de 7mm, à prova d’água, seis lâmpadas leds na ponta, controle de iluminação e montagem com dispositivo de base magnética para smartphones ou similares fazerem a leitura da câmera.

“Essa estrutura atrela o equipamento a computadores, notebooks e tablets. Ele tem uma funcionalidade a partir de celulares com um cabo de cerca de cinco metros para conectar dispositivos. Desenhamos e elaboramos as peças para encaixe ao cabo de conexão. Com ele, poderão ser verificadas as vias aéreas e o estado de saúde do paciente nas telas dos equipamentos eletrônicos”, explica o professor.

Segundo Luciano Farias, os testes, na Escola de Saúde da UFPB, revelaram que o equipamento atende aos padrões da área e duas profissionais de saúde do local aprovaram e apontaram melhorias para o aparelho.

“Foram realizados testes com bonecos de ensaio. As imagens, observadas através de um notebook acoplado ao equipamento, mostraram boas resoluções. Recebemos o parecer de especialistas de saúde para acrescentarmos melhorias ao laringoscópio. Resistência mecânica, curvatura da lâmina e possibilidades para integração do cabo foram sinalizadas. Estamos fazendo tudo integrado agora”, argumenta Farias.

De acordo com o professor da UFPB, o equipamento está em fase de estudos sobre medidas e adaptações a perfis distintos. “Faremos uma série de lâminas e de laringoscópios. Há seis numerações e padrões de medidas disponíveis. Vamos fazer os modelos possíveis com os materiais que temos. Estamos em parceria com a equipe da Escola de Técnica de Saúde e pretendemos disponibilizar para produção ou comercialização”, afirma.

Luciano ressalta ainda que os interessados em contribuir na produção dos laringoscópios devem entrar em contato com a equipe de pesquisadores da UFPB pelo número de telefone (83) 99886-9400 ou e-mail [email protected].

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