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em Bonito de Santa Fé

Coleta seletiva no Sertão paraibano é reconhecida pela ONU

Iniciativa já reciclou quase 245 toneladas de materiais descartáveis

Por Redação T5 Publicado em
Foto ufpb onu sertao pb
Projeto beneficia 30 famílias de catadores e é apontado como uma interferência necessária e favorável em um cenário de pobreza e empregos informais. Projeto beneficia 30 famílias de catadores e é apontado como uma interferência necessária e favorável em um cenário de pobreza e empregos informais. Foto: Divulgação/Tarcísio Costa

A política de coleta de resíduos no município Bonito de Santa Fé, no Sertão paraibano, foi reconhecida pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos 66 projetos-modelo no Brasil. A iniciativa tem apoio da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

A comissão da ONU reconheceu a atividade através de artigo do pesquisador e economista da instituição, Tarcísio Costa. Na publicação, ele destacou como uma das ações da agenda mundial 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável, que estabelece 17 objetivos e 169 metas para a sustentabilidade global.

O estudo da UFPB é referência, agora, do “Big Push para a Sustentabilidade” da ONU, que representa uma abordagem para analisar a articulação e coordenação de medidas e políticas que alavanquem investimentos sustentáveis (nacionais e estrangeiros) para produzir um ciclo virtuoso de crescimento econômico, gerador de emprego e renda, redutor de desigualdades e de brechas estruturais e promotor da sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Na pesquisa de Tarcísio Costa, a política de coleta solidária de resíduos adotada em Bonito de Santa Fé é apontada como uma interferência necessária e favorável em um cenário de pobreza e empregos informais na cidade.

“Os resultados da política de coleta solidária em Bonito de Santa Fé concretizam os objetivos do desenvolvimento sustentável de erradicação da pobreza, igualdade de gênero, trabalho decente e desenvolvimento econômico. Além disso, busca a redução de desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis e o consumo e a produção sustentáveis”, atesta.

Além da UFPB, a pesquisa conta com a participação de especialistas da Universidade de Fortaleza (Unifor) e da Universidade de Toronto, no Canadá.

“O projeto apresenta sustentabilidade, considerando aspectos econômicos, sociais e ambientais. Beneficia 30 famílias de catadores em Bonito de Santa Fé. Há benefícios na geração de renda para os catadores (econômico e social), além de contribuir na redução de danos ao meio ambiente com a disposição adequada dos resíduos sólidos e diminuir a emissão de gases de efeito estufa (ambiental)”, destaca Tarcísio.

De acordo com o pesquisador da UFPB, no período de quatro anos (entre 2012 e 2016), foram gerados mais de R$ 100 mil e reciclados quase 245 toneladas de materiais descartáveis na coleta seletiva em Bonito de Santa Fé.

“Com o apoio da administração municipal e do setor de extensão da UFPB, em 2011, foi criada a Associação de Catadores de Material Reciclável (Ascamar). Em 2019, havia por volta de 90 catadores associados. Desses, 26 catadores trabalham no galpão de reciclagem e os demais na coleta de resíduos, rejeitos e varrição da cidade”, afirma o estudo.

Segundo dados da ONU, é necessário, para atingir o desenvolvimento sustentável, consolidar os objetivos globais de acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; encerrar a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; e assegurar uma vida saudável ao promover o bem-estar para as pessoas de todas as idades.

Além disso, é preciso assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade; promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos; alcançar a igualdade de gênero e empoderar vivências de mulheres e meninas; e garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.

Também disponibilizar acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia; promover o crescimento econômico, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente; e construir infraestruturas que promovam a industrialização inclusiva e sustentável e fomentem a inovação.

Ainda se faz necessário reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, deter e reverter a degradação da terra e a perda de biodiversidade; e promover sociedades pacíficas e inclusivas, com acesso à justiça para todos e construção de instituições eficazes, responsáveis em todos os níveis.

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