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Estudo mostra por onde o novo coronavírus se expandiu na PB; veja

Conforme a análise, a região de João Pessoa expandiu o vírus e se tornou uma vasta zona de contágio

Por Redação T5 Publicado em
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Mapa mostra disseminação do novo coronavírus na Paraíba Mapa mostra disseminação do novo coronavírus na Paraíba Foto: Divulgação/UFPB Crédito: Francisco Segundo Neto/Maria Cecilia Silva/Thiago Farias/Arthur Santos

serviço de produção e divulgação de mapas e dados de um dos laboratórios da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) analisou como novo coronavírus se difundiu na Paraíba. O principal ponto de disseminação anotado foi a BR-230.

A evolução dos casos oficiais da Covid-19 na Paraíba foi estudada pelo Laboratório de Estudos e Gestão de Águas e Território, vinculado ao Departamento de Geociências da instituição.

De acordo com o boletim da Secretaria de Saúde da Paraíba (SES-PB), o estado registrou 207 mortes pela Covid-19 e um índice inédito, com 439 novos casos da doença. São 4.786 paraibanos que já se infectaram com o novo coronavírus. Veja o último boletim da doença na PB

A análise dos dados mostra que o vírus se difundiu do leste para o oeste e, diferente do que ocorreu no planeta, em que o vírus se expandiu por meio do transporte aéreo, no estado, esse deslocamento se deu pela malha rodoviária, principalmente a BR-230, explica o professor Pedro Vianna. Já os polos regionais ao longo da BR-230, como Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras, tornaram-se novos centros de disseminação, em caráter regional.

Segundo análise do professor Pedro Vianna, a falha no acompanhamento dos primeiros casos, com a ausência de exames, não permite saber se o principal meio de entrada do vírus na região de João Pessoa foi pela via aérea, originário de São Paulo ou de Brasília, ou pela BR-101, vindo da região metropolitana de Recife (PE).

Conforme a análise do professor, a região de João Pessoa expandiu o vírus pelo seu entorno e se tornou uma vasta zona de contágio, contribuindo para isso sua morfologia urbana, com aglomeração urbana com alta densidade populacional.

De acordo com os estudos, há mais de 80 favelas na capital. O alto grau de verticalização nas zonas de classe média e alta do litoral obriga o uso de áreas comuns como elevadores, relevantes na disseminação do vírus.

Outros fatores que colaboram para a propagação da doença, na avaliação do professor Pedro Vianna, são a estrutura interna da rede de distribuição de serviços e mercadorias, principalmente a de alimentos, ainda fortemente marcada pela presença de mercados municipais e feiras livres em diversos bairros, quebrando o distanciamento social.

Outro problema é a disponibilidade hídrica. Em zonas que não são atendidas por rede de água tratada, as pessoas não têm como fazer a higienização para prevenir o contágio.

Os mapas são elaborados pelos estudantes Francisco Segundo Neto (doutorado), Maria Cecilia Silva (doutorado), Thiago Farias (mestrado) e Arthur Santos (graduação).

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