Secretário dá detalhes sobre uso da cloroquina em estágios iniciais da Covid-19 em Campina Grande
O medicamento que ainda não tem comprovação científica vai ser implementado no coquetel de tratamento desses pacientes
A prefeitura de Campina Grande anunciou que vai mudar o protocolo de tratamento da Covid-19. A decisão é de usar hidroxicloroquina nos estágios iniciais da doença. O medicamento que ainda não tem comprovação científica vai ser implementado no coquetel de tratamento desses pacientes. O Secretário de Saúde de Campina Grande, Felipe Reul, deu detalhes sobre o novo protocolo.
"Semana passada o nosso corpo técnico estava analisando essa possibilidade de mudança dos protocolos clínicos. O prefeito Romero Rodrigues e o doutor Rodolfo Dantas, que comanda o gabinete de crise nessa parte clínica, sugeriram essa mudança já a partir dessa semana. Essa intervenção com a cloroquina nos pacientes de forma mais precoce será feita a fim de melhorar o fluxo a rotatividade de leitos aqui na cidade de Campina Grande", disse o secretário.
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Apesar de muitos estudos não demonstrarem a eficácia desse medicamento e inclusive o ministro da saúde dizer que só poderia ser usado com prescrição médica, por conta dos efeitos colaterais, o secretário revela que existem alguns critérios para que o medicamento seja utilizado.
"Essa análise foi feita previamente pela nossa equipe técnica e não são em todos os pacientes que será utilizado esse protocolo clínico. Ele vai ter que corresponder as expectativas que temos em protocolo clínico para poder utilizar e também vai ter que ter autorização do paciente para que a gente possa fazer essa intervenção de forma precoce", disse.
Felipe Reul disse ainda que o medicamento deve ser utilizado apenas nas unidades de saúde.
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"A intenção é de fazer a administração da medicação em nossas unidades, para que o paciente não tenha qualquer problema de utilizar o medicamento de forma errada na sua residência", explicou.
O medicamento já estava sendo utilizado em casos mais graves da Covid-19.
"Nos casos graves já vem sendo utilizado desde o início da pandemia e o resultado é positivo inclusive em pacientes que já tiveram alta. É tudo muito novo, tudo muito recente, a gente vai fazer esse início de tratamento com esses pacientes aqui. Existem estudos que têm sido realizados na França e que tiveram bons resultados", finalizou.
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