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Artistas de rua relatam dificuldades diante da pandemia do coronavírus em João Pessoa

Portal T5 conversou com dois artistas que contaram como estão enfrentando o período de isolamento social.

Por Redação T5 Publicado em
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Gustavo Cruces, o 'payaso mantecoso' Gustavo Cruces, o 'payaso mantecoso' Foto: Luiza Alexandre

Nascido na Argentina, Gustavo Cruces, é artista de rua e vive em João Pessoa, capital paraibana há cerca de um ano. Por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o seu personagem ‘Payaso Mantecoso’ precisou sair de cena. Ele aguarda o momento seguro para voltar a fazer as pessoas sorrirem novamente.

Durante conversa com o Portal T5, Gustavo contou que levar arte à população nas ruas e sinais é a sua principal fonte de renda e, agora, ele enfrenta momentos difíceis. “Tive que parar, mas a preocupação financeira é grande. Como vou me manter se eu não posso sair? Eu tinha planos que foram interrompidos e estou sobrevivendo com a ajuda de amigos”, disse.

Ele relatou também que lamenta não poder levar alegria durante esse período em que a sociedade mais precisa.

“Além de fazer música, malabarismo e acrobacia, o meu trabalho tem a ver com levar sorriso às pessoas e fazer esquecê-las da preocupação e do estresse cotidiano, pelo menos por alguns minutos. Sinto falta da troca de energia, faço porque amo”, afirmou.

Foto: Pamela Fernández

Ela disse ainda que está respeitando o isolamento há aproximadamente 1 mês e meio, entende a importância, mas não deixa de se preocupar com o futuro porque tem um filho de seis meses. “Em algum momento, o dinheiro vai acabar e vamos precisar arrumar alguma forma para nos manter”, contou.

Profissionais de saúde alertam que o contato entre muitas pessoas deve ser evitado e Pamela relembra que essa é uma das principais características do seu trabalho. “Estava acostumada a falar e a lidar com muita gente no cotidiano, mas agora há o medo de contrair a doença”, afirma.

A artista ressalta que mesmo com as adversidades, busca enxergar a situação com serenidade. “Apesar de tudo, estou me sentindo bem. Espero que a sociedade possa sair disso evoluindo, acabando com o preconceito com os artistas de rua, por exemplo. O nosso trabalho é levar alegria e compartilhar arte com a população”, enfatizou.



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