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Com dados estatísticos, pesquisadores da UFPB subsidiam poder público para frear Covid-19

Laboratórios divulgam diariamente informações atualizadas em plataforma web

Por Redação T5 Publicado em
Mascara Covid 19 MPF

O Laboratório de Estatística Aplicada ao Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) disponibiliza diariamente, por meio de plataforma web, dados sobre os casos de Covid-19 no Brasil e na Paraíba. A iniciativa faz parte do projeto "Mapeamento e Tomada de Decisão sobre os casos de COVID-19".

As atividades ocorrem desde o dia 4 de abril e mostram mapas, gráficos e análises para a adoção de novas medidas de saúde no combate ao novo coronavírus. Dentre as soluções apontadas, está a “Razão de Incidências Espacial”, que facilita a interpretação padronizada de mapas e a comparação direta entre os seus elementos.

De acordo com o coordenador do projeto, o professor Ronei Moraes, a intenção é criar metodologias de suporte científico para a definição de políticas preventivas de saúde pública. “O grupo já vem pesquisando e propondo novas medidas epidemiológicas.  Soluções relacionadas à modelagem e à tomada de decisão sobre a ocorrência de casos de Covid-19 no Brasil e na Paraíba”, destaca.

Além do professor, o grupo de trabalho conta com as docentes da UFPB Liliane Machado e Ana Cláudia Melo. Há ainda a participação dos estudantes Claryce Feitosa, Luciana Lima e Luiz Henrique Silva.

Conforme o professor Ronei, as informações disponibilizadas pelo site do projeto são de resultados parciais que se agravam e mudam a cada dia. “Mas já permitem orientar a população e os gestores sobre esse agravo para incrementar as ações de vigilância epidemiológicas no sentido de combater a Covid-19, de acordo com os locais de sua intensidade”, acentua.

Outro mapeamento realizado pela UFPB, a partir de dados retirados do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde da Paraíba, traçou o perfil das mortes por Covid-19 no estado. Segundo dados, até ontem (28), quase 59% das pessoas que morreram eram do sexo masculino, tinham mais de 60 anos (67%) e doenças associadas (65%).

“A média de idade das vítimas era de 66 anos. Quase 7% fumavam, 24% eram hipertensos, 20% tinham diabetes e aproximadamente 14% possuíam problemas cardíacos. Esses dados mostram as pessoas mais propensas ao óbito na Paraíba e revelam os cuidados de saúde que devem ser direcionados a esses perfis”, reforça o professor Cássio da Nóbrega, coordenador do laboratório de inteligência.

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