Prefeitura de Bayeux exonera servidores comissionados por conta do coronavírus

Um decreto divulgado pela Prefeitura Municipal de Bayeux exonerou servidores de cargos comissionados por conta da pandemia do novo coronavírus. Professores, profissionais ligados às secretarias de Saúde, Ação Social e Procon não foram atingidos com o anúncio.

Conforme o documento, a dificuldade financeira enfrentada pelo município devido à pandemia foi o motivo das demissões.  O decreto também ressalta que muitos cargos não se adequavam ao modelo ‘home office’.

O decreto também suspende dobras e gratificações de atividades presenciais, não incorporadas, entre servidores efetivos ou comissionados. Férias, licenças ou vantagens também estão suspensas.

Apesar de professores não serem atingidos, contratos por excepcional interesse público da Educação também serão rescindidos. A suspensão das aulas presenciais foi mantida na cidade até o dia 30 de abril.

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux (Sintramb), repudiou as demissões e afirmou que a gestão se aproveitou da pandemia e utilizou as dificuldades financeiras como argumento para justificar a 'incapacidade administrativa'.

Leia na íntegra:

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux - SINTRAMB, vem a público repudiar veementemente mais uma atrocidade do atual gestão.

Em plena crise mundial do coronavírus, a atual gestão aplicou mais uma de suas maldades: exonerou repentinamente os servidores contratados nesta quarta-feira (15/04). 

Uma verdadeira punição a esses profissionais que se dedicam diariamente para exercer sua função da melhor forma possível, mesmo sem condições mínimas  de trabalho

São pessoas que precisam do salário para viver, sendo às vezes a única fonte de sustento da família.

Além dos constantes atrasos de salários de todos os servidores: efetivos, aposentados, pensionistas e prestadores de serviços a maldade do prefeito vai muito além de desumano e cruel, onde nesse momento deveria ampará-los. 

São pais de famílias que agora ficarão desamparados, onde deveriam ter nesse momento de pandemia ajuda do governo municipal.

Também atacando os direitos dos efetivos quando no artigo 7° do Decreto Municipal N° 025/2020 impõe a suspensão de processos de pagamento de férias, direitos retroativos e gratificações que são de direito do servidor. Reiteramos nosso repúdio a atitude imoral de, nesse momento de necessidade global, serem retirados as dobras de muitos trabalhadores. Aos quais, por exemplo os professores, continuaram com as responsabilidades de arrumar planos de aulas e registros online para várias turmas ao mesmo tempo sem com que sejam remunerados para tal.

Mas os cargos dos apadrinhados políticos e familiares com os mais altos salários ficaram garantidos. 
 
Com a justificativa de calamidade pública, a gestão agora se aproveita para usar como argumento as dificuldades financeiras para justificar sua incapacidade administrativa.

Nos solidarizamos com todos esses trabalhadores que foram vítimas dessa gestão desastrosa. 

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