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8ª fase operação calvário

"Tentava me extorquir em troca de proteção", diz sócio majoritário de empresa sobre Fabiano Gomes

Em entrevista à Rede Tambaú de Comunicação (RTC), Denis Oliveira disse que não tinha interesse na proposta do radialista porque não estava fazendo nada errado.

Por Redação T5 Publicado em
POLICIA FEDERAL 10 03 2020

O sócio majoritário do Paraíba de Prêmios, que foi alvo de buscas da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (10), comentou sobre as tentativas de extorsão que recebia do radialista, Fabiano Gomes, preso após oitava fase da Operação Calvário.

Entrevista à Rede Tambaú de Comunicação (RTC), Denys Oliveira disse que prestou depoimento sobre a suposta extorsão. "Fui à Polícia Federal (PF) fazer a queixa há cerca de 20 dias. Fabiano Gomes tentava me extorquir oferecendo proteção, informações privilegiadas. Em troca disso, deveria fechar contratos fora da normalidade, muitas vezes quatro vezes maior do que fechávamos com outras redes de comunicação", declarou.

"Eu disse a ele que não era do meu interesse porque eu não precisava de 'blindagem' para me favorecer de forma alguma porque não estava fazendo nada de errado", afirmou.

A defesa de Fabiano Gomes afirma que a prisão do radialista acontece por retaliação. O comunicador teria feito denúncias em seu portal de notícias que citavam os envolvidos nos esquemas de desvio de recursos e sua citação foi para vingança. Gustavo Botto, advogado do radialista, negou ainda que houve tentativa de extorsão por parte de Fabiano.

PF na sede da empresa de prêmios

De acordo com Denys, durante a visita da PF à sede do Paraíba de Prêmios, a equipe recolheu documentos sobre um contrato da empresa com a Loteria do Estado da Paraíba (Lotep). "Foi um credenciamento com vigência de 2015 a janeiro deste ano. Entretanto, o contrato foi encerrado após a primeira fase da Operação Calvário(que aconteceu em dezembro de 2018) de forma amigável de ambos os lados. Passamos a operar através de uma Lei Federal", explicou.

Questionado sobre as informações de que a empresa seria usada para lavagem de dinheiro da família Coutinho, ele afirmou: "Não sei de onde surgiu essa situação. Não há relação alguma. Eu não conheço o ex-governador (Ricardo Coutinho). Conheci o irmão dele, Coriolano Coutinho, assim como diversas figuras públicas do estado, mas sem amizade ou aproximação", afirmou.

"Através do Paraíba de Prêmios, em todo sorteio temos que fazer uma doação para uma instituição filantrópica com parte dos lucros. A indicação da Cruz Vermelha aconteceu por meio da Lotep. Foi a única ligação que existiu. Estamos com todos os documentos. Estou à disposição da Justiça para colaborar", garantiu.

Entenda

A 8ª fase da Operação Calvário tem como objetivo investigar indícios de lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Lotep.

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