Mulheres potiguaras são homenageadas em exposição em JP
Nas imagens aparecem gestantes, parteiras e outros membros da comunidade indígena Aldeia Forte, localizada no município de Baía da Traição
A exposição é fruto de uma imersão respeitosa e comprometida
na comunidade potiguara do litoral norte do Estado, composta por
imagens essencialmente femininas que representam a força da
perpetuação de um povo pela gestação e pelas tradições,
passadas de geração em geração.
O município de Baía da Traição está entre as dez cidades brasileiras com maior percentual de população autodeclarada indígena, na sexta posição, somando 57,7% de seus habitantes. O território do município é formado por 90% de áreas de demarcação indígena potiguara, terras que possuem um status diferenciado na legislação brasileira, com alto grau de proteção. “Em tempos como hoje, quando a comunidade indígena está em destaque na nossa sociedade, seja por existir ou por sofrer ataques, aparecer em um espaço nobre como esse de maneira tão bonita é muito importante para nós. Mostrar nossa força e beleza para a comunidade em geral se faz necessário”, explicou Aparecida Potiguara, técnica de enfermagem parceira do projeto.
As fotos podem ser visitadas até o dia 31 de março, no horário das 8hs às 12hs e das 14hs às 17hs, diuturnamente. A entrada é gratuita, aberta para todos os públicos e apropriada para todas as idades. Depois da exposição na Casa da Pólvora, as imagens devem circular outros espaços de arte do Estado, começando pelo município de Baía da Traição.
Valdith Lopes e Agda Aquino Foto: Matheus AndradeSobre as fotógrafas:
Agda Aquino é jornalista e professora de fotografia há 13 anos, com atuação nas principais universidades da Paraíba. Hoje ensina a arte de fotografar na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Como fotógrafa, tem trabalhos voltados principalmente para o fotojornalismo, a fotografia de moda, o retrato, a fotografia de shows além de experimentações fotográficas. Atua também em curadorias, júris de concursos, elaboração de editais e organização de exposições na área de fotografia.
Valdith Lopes é engenheira civil e professora de gestão ambiental no Instituto Federal da Paraíba (IFPB). Descobriu o amor pela fotografia registrando suas viagens e a partir disso surgiu a vontade de estudar para melhorar o domínio da máquina e o aproveitamento da luz natural. Costuma fotografar a natureza, algumas delas publicadas em capa de livro, como também fotos de off road e astrofotografia.
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