Moradores comemoram liminar de suspensão de obras do Parque Sanhauá
Audiência foi marcada para 10 de março para analisar o diálogo entre a Prefeitura e a comunidade
Após determinação da suspensão das obras do Parque Ecológico Sanhauá pela Justiça Federal, moradores da comunidade Porto do Capim, em João Pessoa, comemoraram a decisão judicial na manhã desta sexta-feira (28).
O responsável pela decisão foi o juiz federal João Pereira de Andrade Filho após Ação Civil Pública ingressada pelo Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o decisão, a Prefeitura de João Pessoa não pode realizar nenhuma obra ou intervenção no local até que a Justiça Federal autorize conforme os Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) assinados pelo executivo municipal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Uma audiência foi marcada para o dia 10 de março para analisar a continuidade do diálogo entre a Prefeitura de João Pessoa, MPF, a comunidade do Porto do Capim, Defensoria Pública da União (DPU), a União e duas associações interligadas a fim de combater problemas socioambientais e territoriais enfrentados por comunidades periféricas e grupos étnicos.
Uma ação foi instaurada pelo MPF a fim de suspender as obras no dia 31 de julho do ano passado alegando haver problemas no processo de cessão da área do Porto do Capim, que pertencia à União, para Prefeitura de João Pessoa.
Na decisão, o juiz afirmou: “Sem enfrentar, por ora, o mérito da questão relacionada à 'tradicionalidade', ou não, da comunidade do Porto do Capim, mas considerando a possibilidade de as obras incidirem sobre patrimônio imobiliário da União, cuja manifestação técnica deixa dúvidas a respeito da cessão ou regularização da área em favor do município de João Pessoa para evitar o dispêndio dos recursos públicos federais liberados no âmbito do projeto de revitalização de cidades históricas”.
A Prefeitura de João Pessoa informou que irá recorrer da decisão judicial.
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