Corpo de mulher que teve silicone industrial aplicado no corpo é velado em Cajazeiras, na PB
O sepultamento está previsto para as 8h da manhã, no cemitério municipal
O velório de Maísa Andrade, mulher transexual que morreu após ter silicone industrial aplicado no corpo, acontece em uma funerária localizada em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba. Ela teria realizado o procedimento em uma clínica clandestina no bairro do Varadouro, de acordo com informações dadas por um amigo da vítima.
O local do velório fica na rua Tabelião Antônio Holanda, no Centro e o sepultamento está previsto para as 8h da manhã, no cemitério municipal. A morte da mulher de 34 anos ocorreu nesta quarta-feira (5).
O delegado Alexandre Fernandes compareceu ao hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, durante a noite. Sem dar detalhes à imprensa, ele afirmou que uma investigação será aberta. Um exame mais minucioso foi solicitado antes da liberação do corpo.
Segundo o diretor-geral da unidade hospitalar – pra onde a mulher foi socorrida - foi encontrada alta quantidade de silicone industrial no corpo da vítima. A aplicação teria acontecido na região da perna.
Laercio Braganti acredita que aconteceu auto injeção. “Isso provocou um processo de gravíssimo embolia pulmonar maciça por este produto que é extremamente tóxico”, afirmou.
Ainda segundo o dirigente, a vítima já chegou entubada e com ventilação assistida. “Em todos os casos que há aplicação desta substância, há forte índice de morte”, completou.
O corpo da mulher chegou a ser liberado por volta das 17h40, no entanto, o delegado impediu a liberação por conta da abertura da investigação.
A página no Facebook do Movimento em Defesa dos Direitos Humanos LGBT de Cajazeiras-PB publicou uma nota de falecimento sobre o incidente.