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Crescem casos de violência contra jornalistas no Brasil; João Pessoa é cenário de censura

O levantamento registra ainda que presidente Jair Bolsonaro foi o responsável por 121 dos 208 ataques contra veículos de comunicação e jornalistas

Por Redação T5 Publicado em
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Foto: Reprodução/TV Brasil

O Brasil registrou em 2019 um aumento de 54% em ataque físico ou moral contra profissionais ou veículos de comunicação, na comparação com 2018, quando foram anotados 135 casos. Os dados foram divulgados nessa quinta-feira pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Na Paraíba não foram registrados casos diretos de violência contra jornalistas, mas um caso de censura foi apontado pelo relatório em agosto, em uma matéria gravado em João Pessoa. A reportagem da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) gravada no Espaço Cultural, sobre o centenário de Jackson do Pandeiro, teve um dos trechos em que aparece um cordel com a imagem de Marielle Franco retirado.

O levantamento registra ainda que presidente Jair Bolsonaro foi o responsável por 121 dos 208 ataques contra veículos de comunicação e jornalistas compilados no país.

A presidente da Fenaj, Maria José Braga, alertou para a gravidade da situação. "Há, de fato, uma permanente ameaça à liberdade de imprensa no Brasil e à integridade física e moral dos jornalistas. É preciso urgentemente frear o arbítrio instalado no país", disse.

"O chefe de governo promove, por meio de suas declarações, sistemática descredibilização da imprensa e dos jornalistas. Com isso, institucionaliza a violência contra a imprensa e seus profissionais como prática de governo", complementa.

Em 2019, houve dois casos de racismo e, em 2018, nenhum.

Foi registrado o mesmo número de ocorrências que no ano passado nas categorias de ameaças e intimidações, além das censuras, respectivamente, 28 e 10 casos.

As agressões físicas, tipo de violência mais comum até 2018, foi uma das categorias em que houve diminuição no número de ocorrências. Foram 15 casos em 2019, que vitimaram 20 profissionais, contra 33 ocorrências no ano anterior, de acordo com a Fenaj.

Em 2019, foram registradas também 20 agressões verbais, dez casos de impedimentos ao exercício profissional, cinco ocorrências de cerceamento à liberdade de imprensa por meio de ações judiciais e dois casos de violência contra a organização sindical dos jornalistas.

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