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“Era uma pessoa do bem, mas escrava das drogas”, desabafa pai de grávida encontrada morta em Santa Rita

O corpo de Gessica Bento Pereira, de 27 anos, foi achado com indícios de morte violenta às margens da BR-230, na manhã desta quarta-feira (20)

Por Redação T5 Publicado em
Pai gravida assassinada
O pai da vítima concedeu entrevista exclusiva à TV Tambaú, nesta quinta O pai da vítima concedeu entrevista exclusiva à TV Tambaú, nesta quinta Foto: Pollyana Sorrentino/RTC

Na manhã desta quarta-feira (20) o corpo de uma mulher, grávida de 6 meses, foi encontrado às margens da BR-230, em Santa Rita, na Grande João Pessoa. Gessica Bento Pereira tinha 27 anos e esperava o quarto filho. Ela foi achada com arame farpado no pescoço, indícios de perfurações por disparos de arma de fogo no corpo e com a barriga cortada, estando o feto, arrancado da placenta, a poucos metros da mãe.

Nesta quinta-feira (21), o pai da vítima concedeu entrevista exclusiva à repórter Pollyana Sorrentino, da TV Tambaú, confirmando que a filha era usuária frequente de crack. O homem, que trabalha como mestre de obras, disse que a família não tem ideia de quem possa ter cometido o crime.

“De fato a gente não sabe o que aconteceu com ela, sabe que mataram a menina, foi uma pessoa do mau. Mas a gente não tem suspeita de quem foi. Queremos só justiça, porque hoje em dia a gente não tem, a justiça não é feita. Minha filha tinha um vício, 90% da juventude hoje em dia tem. A gente dá conselho e tudo. Mas ela não era essas coisas que tem pessoas falando, era uma pessoa do bem. Agora era escrava da droga, que tem muitas pessoas no mundo hoje em dia que são”, desabafou.

Ele explicou que Gessica era usuária de crack há cerca de 15 anos, tinha outros três filhos e era casada com um homem de 60 anos – que, segundo o pai, é uma pessoa de boa índole.

“Ela costumava chegar em casa com as drogas dela, passava dois dias em casa. Quando via que não tinha mais, saía para pegar de volta. A vida dela era essa assim”, complementou.

Na entrevista, o pai de Gessica ainda revelou que essa é a segunda vez que perde um filho por assassinato. Há pouco tempo, uma outra filha, de um total de quatro, também foi morta em Santa Rita.

“A vida da gente é sofrida. Faz dois anos e pouco que mataram a irmã dela lá em Tibiri II, e eu vou perdendo. Sou pai de quatro filhos, duas foram assassinadas. Graças a Deus que ele me deu dois que não têm envolvimento com coisas erradas. Elas duas [que morreram] escolheram não viver”, concluiu.

*Com a colaboração da repórter Pollyana Sorrentino

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