Governo, Ibama, Sudema e prefeituras discutem ações contra chegada de óleo ao litoral paraibano
Foram debatidas maneiras de prevenção, contenção e retirada do material.
Uma reunião realizada na manhã desta terça-feira (22) discutiu a possibilidade do retorno das manchas de óleo no litoral paraibano. Participaram do encontro representantes da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e das prefeituras dos municípios com risco de contaminação.
Com coordenação do Governo da Paraíba foram debatidas maneiras de prevenção, contenção e retirada do material.
Para o governador do estado João Azevêdo (PSB), equipes seguem se alerta em função da situação preocupante em Pernambuco. "Nós temos que nos precaver. Essa reunião foi justamente pra isso, pra que a gente pudesse estabelecer um caminho, um planejamento, diante da possibilidade da chegada do material".
Ainda não há previsão ou certeza do deslocamento do grande contingente de óleo que paira sobre o litoral pernambucano. "Existe a possibilidade. Isso nos deixa extremamente preocupados. Através de todos os órgãos e empresas envolvidos nos reunidos com o objetivo de trazer um plano para que, caso a Paraíba seja atingida, nós tenhamos uma resposta rápida", afirmou.
Questionado sobre os incentivos do Governo Federal, João afirmou que: "Pelo fato da Paraíba ainda não ter sido atingida, não temos necessidade de solicitar recursos do Governo Federal. Nossa preocupação não é nem financeira. Se tivesse recurso pra resolver o problema, ele já teria sido resolvido. Nós temos que encontrar as soluções técnicas para resolvê-lo. Ainda de acordo com o governo, caso haja despesas aos estados, haverá ressarcimento", completou.
Nessa segunda-feira (21), em entrevista ao Portal T5, Anníbal Peixoto, superintendente da Sudema, detalhou a situação atual sobre as manchas de óleo que atingiram o litoral do Nordeste, onde 14 praias já registraram fragmentos do material. “A mancha de óleo está nesse momento estável no litoral de Pernambuco, mais precisamente na faixa que corresponde ao Recife. Não tem como se quantificar todo montante, até porque essa mancha não está apenas flutuante. Boa parte é submersa, o que dificulta o trabalho de quantificação”.
“Caso esse material seja deslocado por uma corrente a cidade de Olinda, ele pode vir atingir o litoral paraibano. A cidade de Conde – onde todas as praias foram atingidas pelos fragmentos do óleo – seria a primeira a registrar grande quantidade do material”.
Ainda segundo o superintendente há um monitoramento diário das praias por parte de órgãos como Marinha, Ibama e ICMBio. A ação ganha apoio das prefeituras de cidades do litoral.
Situação atual na Paraíba
Anníbal ainda destacou que não há sinais de novas manchas. Toda extensão do litoral paraibano está livre, neste momento. “Seguimos torcendo para que o material seja contido e não chegue aqui”, declarou.
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