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​Alegando que ‘pessoas com deficiência deixam orla de JP feia’, moradoras do Cabo Branco pedem transferência de projeto

A vereadora responsável pelo projeto social foi quem recebeu o pedido incomum.

Por Redação T5 Publicado em
PRAIA 22 08 2019
O projeto praia acessível tem objetivo de promover integração das pessoas com deficiência O projeto praia acessível tem objetivo de promover integração das pessoas com deficiência Foto: Reprodução / Internet

De acordo com a vereadora Helena Holanda (Progessistas), um grupo de moradoras do Cabo Branco, bairro localizado na orla da capital paraibana cuja praia tem o mesmo nome, a procuraram para solicitar a transferência de um projeto que beneficia pessoas com deficiência.

A ação culminaria no impedimento e restrição da ida das pessoas com deficiência à orla da capital para realizar atividades do projeto. A ação por si só é incomum. Entretanto, agrava-se ainda mais em função do argumento utilizado pelas moradoras. Segundo elas, a permanência das pessoas com deficiência provoca o ‘enfeiamento’ do cartão postal.

As moradoras foram à Câmara dos Vereadores da cidade reivindicar o ‘desejo’.

Em entrevista à imprensa, a vereadora detalhou como o caso aconteceu. “Cinco senhoras acima de 80 anos me procuraram de uma forma anônima e me fizeram dois pedidos: o primeiro era de que eu retirasse, transferindo daqui (da praia do Cabo Branco) o projeto Praia Acessível”, disse.

“Aqui várias pessoas com deficiência vêm praticar esportes, trocar ideias, interagir uma com as outras, andas nas cadeiras adaptadas e tomar banho de mar”, detalhou a vereadora.

“Elas pediram pra transferir porque aqui é um ‘lugar de pessoas ilustres’, que a orla do Cabo Branco foi criada por pessoas de renome e que esse projeto não está trazendo um ‘um quando belo’, que melhorasse a aparência do local rico de cultura, pessoas ilustres e de alta relevância”

“Eu disse que seria impossível atender um pedido desse. Que não iria retirar nada. Agora elas me deram uma ideia. Invés de reduzir, vamos ampliar. Como é realizado em apenas um dia, vamos alargar pra mais dias, com mais atividades, porque a pessoa com deficiência é cidadã e merece esse direito”, finalizou.

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