Alegando que ‘pessoas com deficiência deixam orla de JP feia’, moradoras do Cabo Branco pedem transferência de projeto
A vereadora responsável pelo projeto social foi quem recebeu o pedido incomum.
De
acordo com a vereadora Helena Holanda (Progessistas), um grupo de
moradoras do Cabo Branco, bairro localizado na orla da capital
paraibana cuja praia tem o mesmo nome, a procuraram para solicitar a
transferência de um projeto que beneficia pessoas com deficiência.
A ação culminaria no impedimento e restrição da ida das pessoas com deficiência à orla da capital para realizar atividades do projeto. A ação por si só é incomum. Entretanto, agrava-se ainda mais em função do argumento utilizado pelas moradoras. Segundo elas, a permanência das pessoas com deficiência provoca o ‘enfeiamento’ do cartão postal.
As moradoras foram à Câmara dos Vereadores da cidade reivindicar o ‘desejo’.
Em entrevista à imprensa, a vereadora detalhou como o caso aconteceu. “Cinco senhoras acima de 80 anos me procuraram de uma forma anônima e me fizeram dois pedidos: o primeiro era de que eu retirasse, transferindo daqui (da praia do Cabo Branco) o projeto Praia Acessível”, disse.
“Aqui várias pessoas com deficiência vêm praticar esportes, trocar ideias, interagir uma com as outras, andas nas cadeiras adaptadas e tomar banho de mar”, detalhou a vereadora.
“Elas pediram pra transferir porque aqui é um ‘lugar de pessoas ilustres’, que a orla do Cabo Branco foi criada por pessoas de renome e que esse projeto não está trazendo um ‘um quando belo’, que melhorasse a aparência do local rico de cultura, pessoas ilustres e de alta relevância”
“Eu disse que seria impossível atender um pedido desse. Que não iria retirar nada. Agora elas me deram uma ideia. Invés de reduzir, vamos ampliar. Como é realizado em apenas um dia, vamos alargar pra mais dias, com mais atividades, porque a pessoa com deficiência é cidadã e merece esse direito”, finalizou.
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