NEJA pede a Promotoria apuração sobre abandono de animais em cidade na PB
De acordo com o NEJA, o ofício foi enviado no dia 10 de maio
O Núcleo de Justiça Animal da Universidade Federal da Paraíba (NEJA/UFPB), divulgou, nesta segunda-feira (13) que um ofício foi enviado para a Promotoria do município de Patos, Sertão do Estado, referente a situação do canil na cidade.
É solicitada a apuração das denúncias de abandono de aproximadamente 300 cães que estão alojados no canil do município. De acordo com o NEJA, o ofício foi enviado no dia 10 de maio.
Em abril deste ano, um vídeo foi compartilhado nas redes sociais denunciando um possível descaso com os animais do canil do município de Sousa, também no Sertão paraibano. Nas imagens, um dos cachorros aparece comendo outro animal morto no pátio da instituição.
Na época, o NEJA também elaborou uma denúncia de maus-tratos contra a administração do ambiente e a veterinária responsável, que foi encaminhada ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) e ao Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV/PB).
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Em entrevista à rádio Jovem Pan João Pessoa, o advogado Francisco Garcia disse que os animais apresentavam falta de cuidados, doenças e fome a ponto de um comerem os outros.
Na ocasião, a Secretaria de Saúde de Sousa informou que o Canil Municipal foi inaugurado em janeiro de 2018 e é referenciado como modelo. "O local possui uma estrutura ampla, com equipamentos modernos e há oferta de ração e medicamentos suficientes. Há uma médica veterinária efetiva, que trabalha todos os dias, mas que tem tido sua conduta profissional contestada e a Secretária convocou reunião na manhã desta segunda feira com a profissional e membros da ONG dos animais para encontrar solução. Iremos investigar a conduta da profissional e abrir sindicância se for o caso", afirmou em nota.
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Também sobre o caso, o Delegado Seccional da Polícia Civil de Sousa, Ilamilton Simplício, se pronunciou na ocasião falando sobre a necessidade de criação de políticas públicas para solucionar o caso.
De acordo com ele, a situação "não deve envolver somente a polícia civil, o poder público deve investir em formas de controlar a taxa de natalidade desses animais que vivem na rua, como a castração", declarou.
O delegado ressaltou ainda as más condições que os animais vivem nos canis. "Há uma superlotação, os animais vivem amontoados, brigando uns com os outros.", afirmou.
Visualizar esta foto no Instagram.Uma publicação compartilhada por Portal T5 (@portalt5) em 15 de Abr, 2019 às 5:19 PDT