Operação prende três pessoas acusadas de assassinar integrantes do MTST em Alhandra
Crime aconteceu em dezembro do ano passado e investigações estavam sendo realizadas desde então
Leandro Soares da Silva foi preso em Alhandra na Operação Ampulheta Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil deu início, na manhã desta sexta-feira (17), à Operação Ampulheta, em razão de um duplo homicídio ocorrido em 8 de dezembro do ano passado em Alhandra, Litoral Sul da Paraíba, onde dois integrantes do MTST-PB foram assassinados.
Até às 8h, três mandados de prisão haviam sido cumpridos, sendo dois em João Pessoa e outro justamente no município de Alhandra. As ações foram coordenadas pela Delegacia Seccional de Alhandra, com apoio de outras equipes, inclusive o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil.
Mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra Rawlinson Bezerra de Lima, conhecido como Ralph, em um condomínio na orla do Cabo Branco, e um outro contra uma mulher no bairro José Américo, na capital. Um terceiro também foi cumprido contra Leandro Soares da Silva no assentamento Dom José Maria Pires, em Alhandra. Dois deles, inclusive, são mandantes do crime.
No Cabo Branco ainda foi executado um mandado de busca e apreensão.
Ainda durante a manhã, Aneilton Castro, delegado da Seccional de Alhandra, deve conceder uma entrevista coletiva na Central de Polícia Civil, para dar detalhes da operação.
Crime
Os mandados de prisão foram cumpridos por conta do assassinato de dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na Paraíba (MTST-PB), ocorrido também no assentamento Dom José Maria Pires. O local fica em uma fazenda e é ocupado pelo MTST desde julho de 2017.
Segundo a polícia, dois homens encapuzados invadiram o assentamento e executaram dois integrantes do movimento.
José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino não resistiram aos ferimentos e morreram na hora.
Quarto acusado
A Polícia Civil também procura um quarto acusado de participar do crime. Buscas estão sendo realizadas na zona urbana de Mari, município na Zona da Mata da Paraíba. Até às 8h, porém, ninguém havia sido preso na região.
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