CRM-PB fará denuncia sobre falta de medicamentos no Hospital Napoleão Laureano
Segundo a autarquia, outro problema corresponde ao equipamento de radioterapia que está quebrado há quase dois meses.
O
Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) fará denúncia ao
Ministério Público Federal após vistoria realizada no Hospital
Napoleão Laureano, em João Pessoa, referência no tratamento de
câncer no Estado. A denúncia pode ser protocolada ainda esta
semana. Em fiscalização, a autarquia constatou a falta de
medicamentos para realização de quimioterapia além de insumos como
luvas e soro fisiológico. Uma das três máquinas da
radioterapia está quebrada desde o dia 6 de fevereiro, segundo os
profissionais que atuam na unidade.
A ação que aconteceu ontem (segunda-feira , 1º) indicou que cerca de 500 pacientes estão a espera de tratamento oncológico no hospital. De acordo com o que foi verificado pela equipe do CRM estavam faltando pelo menos 17 medicamentos orais quimioterápicos, além de seis tipos de antibióticos.
Mais de 70 pacientes com câncer de próstata estão na lista de espera por algum desses medicamentos. Também faltam os cateteres das bombas de infusão usadas na quimioterapia, o que prejudica o tratamento. No centro cirúrgico, médicos têm que administrar o uso de antibióticos após os procedimentos, pois é comum faltarem esses medicamentos, além de luvas e soro fisiológico. Funcionários da farmácia disseram que há mais de seis meses enfrentam o problema da falta de estoque de remédios.
Segundo o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, a unidade enfrenta um sério problema financeiro. “O paciente oncológico não pode esperar. É preciso que se faça algo com urgência, caso contrário a falência do hospital será inevitável”, disse.
De acordo com a direção do hospital, 92% dos pacientes atendidos no Napoleão Laureano são do Sistema Único de Saúde (SUS), que está com uma tabela de valores de procedimentos congelada há cinco anos. Mais de 70% dos pacientes com câncer no Estado são tratados no Laureano e, em alguns casos, como pediatria e hematologia, esse número chega quase a 100%.
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