Suplente acusado de exploração sexual no Conde passa por audiência de custódia nesta quarta (24)
Flávio Melo e sua esposa seriam proprietários de prostíbulos, onde exploravam a prostituição visando o lucro
Acontece nesta quarta-feira (24) a audiência de custódia de Flávio Melo de Souza, conhecido como "Flávio do Cabaré", suplente de vereador do município do Conde, na Grande João Pessoa, Litoral Sul da Paraíba. Ele e sua esposa, Janaína da Silva Vieira, são acusados de crimes como exploração sexual e associação criminosa em casas de prostituição.
A sessão está prevista para ser realizada às 8h no Fórum Procurador Sabino Ramalho Lopes, no Conde, e será conduzida pelo juiz André Ricardo de Carvalho Costa, que vai decidir se o casal permanece preso ou se responderá em liberdade.
Os dois foram presos na tarde desta segunda-feira (22) enquanto participavam como espectadores de uma sessão de rotina na Câmara Municipal do Conde. O mandado de prisão foi expedido pela 2ª Vara Mista de Sapé em julho de 2018 e só foi cumprido agora porque os réus não teriam sido localizados em Sapé, no Agreste do estado.
De acordo com o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), Flávio e Janaína também são acusados da prática de rufianismo, crime que objetiva o lucro com a exploração de prostituição alheia. Eles seriam proprietários de prostíbulos nas cidades de Sapé e Conde, na Paraíba, e em Goiana, Pernambuco.
“Há indicativos de que os réus detinham documentos pessoais das vítimas e faziam com que contraíssem dívidas visando evitar que deixassem o estabelecimento. Ademais, há relato de que uma das vítimas chegou a ser espancada pelo denunciado Flávio”, disse o juiz Renan do Valle Melo Marques, na decisão.
Suplente na Câmara do Conde
Flávio é primeiro suplente do vereador Fernando Araújo, o “Fernando Boca Louca”, que está envolvido em um caso de contratação de funcionários fantasmas, o qual ele mesmo confessou. O parlamentar, contudo, ainda não foi afastado oficialmente da Câmara. Durante as investigações, Flávio chegou a entrar com pedido de cassação contra o vereador Fernando na Casa.
Em entrevista concedida à imprensa antes de ser levado à delegacia, nesta segunda-feira, o suplente alegou que não sabia do que se tratava o crime pelo qual estava sendo preso, e disse que a ação da PM naquele momento “envolve política”. “Eu não sou réu confesso, e vou pagar pelo erro que cometi se a Justiça achar que estou devendo”, afirmou.
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