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DISCRIMINAÇÃO RACIAL

População negra da PB é de aproximadamente 50%, aponta IBGE

O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial é celebrado no dia 21 de março

Por Redação T5 Publicado em
Negros eua

O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial foi instituído no dia 21 de março em virtude do massacre em Sharpeville, na África do Sul. O caso aconteceu durante um protesto com aproximadamente vinte mil negros que manifestavam contra a Lei do Passe que limitava onde eles poderiam ir. A polícia conteve a reivindicação com rajadas de metralhadora, provocando a morte de vários negros e deixando outros feridos. O dia acontece em prol da luta e memória desses manifestantes.

No Brasil, a Lei Áurea deu fim a escravidão no país em 1888. Após mais de 300 anos de um período escravocrata, essa vivência histórica desencadeou aspectos sociais que refletem na contemporaneidade. Um estudo de 2013 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada aponta que a violência reduz a expectativa de vida de um negro, por causa dela, um negro perde 20,5 meses da expectativa de vida que ele tinha ao nascer. De acordo com estudos realizados por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo, 61% das vítimas policiais são negros.

De acordo com o Censo do IBGE de 2010, a população negra da Paraíba, somando pardos e pretos, é de aproximadamente 50%.

A estudante de Jornalismo, Ana Beatriz, fala sobre a importância de dar visibilidade à questão racial. “Acho que o primeiro para desconstrução do racismo é falar sobre ele, é dar voz, mostrar que existe, apontar o sistema que mata preto periférico e reivindicar reparação histórica.”, declarou.

Ela ressaltou a importância de apontar o cenário de discriminação. “Falar sobre o contexto discriminatório é mostrar que mulher negras sofrem o maior índice de violência obstétrica, é comprovar com estatística que corpos negros ocupam o encarceramento.”, destacou.

Beatriz abordou também a perspectiva a partir de mulher negra. “Eu nem sempre me vi negra, eu sou uma negra de pele clara e traços finos e quando a gente entende de colorismo a gente percebe que quanto mais traços negroides e quanto mais pigmentada for a sua pele, mais você sofrerá racismo, não quer dizer que eu não tenha sofrido, é só ter a noção de que são diferentes níveis. Quando eu entendi isso, eu pude me enxergar enquanto mulher negra, pude perceber que coisas que vivenciei na infância, em relacionamentos afetivos, eram racismo, eram por que eu não me encaixava em determinados padrões.”, revelou.

É necessário entender que embora os conceitos de injúria racial e racismo possuam características em comum, há uma diferenciação. A injúria é considerada a partir de agressões verbais direcionadas a alguém. Já o racismo, que é um crime inafiançável (de acordo com o artigo 5º da Constituição Federal), é considerado a partir de medidas que visem praticar a segregação racial.

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