"Pensei muitas vezes em suicídio", diz mulher que foi agredida pelo companheiro
Este ano, 803 medidas protetivas foram solicitadas a mulheres, em João Pessoa.
No Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos. Os responsáveis por mais de 80% dos casos são o marido, o namorado ou o ex. Neste ano, 22 mulheres estão passando por acompanhamento através da ronda Maria da Penha com profissionais que fornecem assistência as vítimas de violência doméstica.
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Em entrevista ao Tambaú da gente, uma vítima relatou a violência sofrida pelo ex-marido e disse: “Ele sempre começava um momento de briga com agressão mas eu sempre achava que ele ia mudar porque eu amava mas tudo era engano meu.”
Ela contou que durante uma agressão chegou a pensar que ia morrer. “Ele já colocou uma faca no meu pescoço, me sufocou com um travesseiro, queria me dar choque. Pensei muitas vezes em me suicidar, as agentes me ajudaram a continuar.”, se referindo a equipe da Guarda Municipal que ajuda as mulheres vítimas de violência.
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O descumprimento da medida protetiva é crime. O agressor deve respeitar a distância da vítima determinada pela Justiça. De acordo com a Vara da Violência Doméstica, ainda este ano, 803 medidas protetivas foram solicitadas a mulheres, em João Pessoa.
Segundo a juíza da Vara de Violência Doméstica, Rita de Cassia Martins, a vítima pode solicitar a medida protetiva. “A mulher pode procurar o Ministério Público para pedir a medida protetiva e não necessariamente iniciar um inquérito contra o agressor.”, disse.
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A mulher que se sentir ameaçada fisica, pisicologica ou moralmente pode ir a qualquer delegacia, ligar 180 ou utilizar o aplicativo SOS mulher.
Confira a matéria do Tambaú da Gente. A reportagem é de Thaís Alencar: