"Serviu de exemplo para muitos pais", diz mãe de Nicole, que voltou para casa nesta terça-feira
Desde de que foi resgatada no final do mês de março, a menina Nicole, de 7 anos de idade, estava sob os cuidados de uma casa que acolhe crianças em estado de vulnerabilidade.
Resgatada no último dia 28 de março pela polícia, a menina Nicole, raptada em João Pessoa por um parente da família que a levou para diversas cidades do Nordeste, voltou apenas nesta terça-feira (10) para sua casa.
Desde que foi encontrada na cidade de Salgueiro, Sertão de Pernambuco, a criança, de 7 anos de idade, ao retornar para a capital paraibana ficou sob os cuidados de uma residência que acolhe crianças em estado de vulnerabilidade.
Nesta quarta-feira (11) ela voltou, inclusive, a frequentar a escola. Em entrevista à repórter Thaís Alencar, da TV Tambaú, a mãe de Nicole, Ana Maria, contou como se sentiu após ter sua filha de volta.
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“Eu só pensava que iria encontra ela com vida, do mesmo jeito que ela havia saído de casa. Eu só não encontrei ela assim porque ele [Maécio Damacena Silva] machucou ela, espancou… O pessoal pensava que ela tinha sido estuprada e morta. Mas foi uma vitória muito grande resgatar uma criança assim sem ser abusada, com vida. Foi uma vitória que eu alcancei”, disse.
Ela ainda considerou que todo essa difícil situação pela qual passo, durante quase três semanas em que sua filha estava desaparecida, serviu de exemplo para muitas mães e pais.
“Ás vezes o fato de a gente ter pena e querer ajudar, acontece o que aconteceu comigo. E o que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer um. O cuidado agora é redobrado, e o que houve com Nicole eu não gosto nem de lembrar, porque ele não agiu feito homem, agiu como canalha, pra mim ele é um fraco. Se passar pra fazer o que ele fez… é um covarde. Ele fez isso por maldade mesmo, por vingança, porque queria a todo o momento conviver com minha filha de 18 anos e ela não deu cartaz”, refletiu Ana Maria.
Suspeito foragido
Maécio Damacena Silva, de 27 anos, acusado de raptar Nicole, continua foragido. Contra ele, há um mandado de prisão em aberto. Quem souber de seu paradeiro pode acionar a polícia através do número 197.
Ana Maria revelou que torce para o acusado seja detido. Ela também rebateu as críticas que vinha sofrendo, em relação ao tratamento que dava à filha. “Eu queria que ele fosse preso, para pagar. O que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer um. Ele pensou que por se tratar de uma pessoa pobre, não haveria repercussão”, ponderou.
Acompanhamento
Nicole será acompanhado exclusivamente por um psicólogo. A delegada Joana D’arc declarou que a menina não ficou junto com outras crianças no abrigo.Sobre a responsabilidade da mãe no caso, a autoridade policial disse que houve excesso de confiança no desconhecido.
“Até agora não definimos qual a participação da mãe. O que deixamos claro para sociedade, foi o excesso de confiança dela em colocar um estranho dentro de casa. Conquistou a confiança dela e ela acreditou. Ele é uma pessoa com extensa ficha criminal. Eu não sei até que ponto ela errou nesse caso, mas vamos apurar e investigar com toda seriedade que o caso requer. Ao final vamos ter uma opinião formalizada pela delegacia e fazer a comunicação para o Ministério Público”, falou à TV Tambaú